- DEUS - PARTE II.
- DEUS E O UNIVERSO.
É muito difícil conceituar DEUS, a “inteligência suprema causa primária de todas as coisas”.
Segundo Renan Spinoza, com sua visão monística do Universo, foi o filósofo que teve a mais perfeita concepção sobre DEUS.
DEUS e o Universo são uma coisa só. É a inteligência suprema atuando através de leis e envolvendo-se com a própria criação. É o DEUS imanente, atuante e tudo envolvendo, ao lado de sua desconhecida característica de transcendência. Ao tempo em que nos envolve pela imanência torna-se transcendente pela impossibilidade de defini-lo e situá-lo.
Deus criou o Universo por sua Vontade, toda poderosa, como encontramos na dissertação da Gênese: “Deus disse: Faça-se a luz, e a luz foi feita”.
A nossa razão nos diz que o Universo não se fez por si mesmo, que não é obra do acaso, que é obra de Deus.
O fluido universal é uma criação de Deus. É o principio elementar de todas as coisas. Em nosso mundo é sempre mais ou menos modificado para formar a matéria compacta que nos rodeia.
O Universo sendo conseqüência desse imenso e imanente campo da mais precisa inteligência, ainda, para nós, representam o grande desconhecido em sua amplitude, variações e escalas dimensionais. O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e que não vemos todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem.
Os mundos são formados pela condensação da matéria que se encontra espalhada no espaço. Quer a matéria exista de toda a eternidade, como Deus, quer tenha sido criada numa época qualquer. Segundo o que se passa cotidianamente as nossas vistas, são temporárias as transformações da matéria e dessas transformações resultam diferentes corpos, que incessantemente nascem e se destroem. Como exemplo temos os cometas que seria um começo de uma condensação da matéria, para mundos em vias de formação.
O impulso das estruturas vivas, por mais que estejam em desordem (anotações de nossos sentidos), aqui e ali mostram orientação de um comando oculto.
Um mundo completamente formado pode desaparecer e sua matéria decompor-se, espalhando-se de novo pelo espaço. Da mesma forma que Deus renova os seres vivos ele renova os mundos. O tempo de criação dos mundos, por exemplo, a Terra nada pode ser dito só o Criador sabe.
Os mundos como são produtos da aglomeração e da transformação da matéria, os diversos mundos foram criados, como todos os corpos materiais, tiveram começo e terão fim, na conformidade de leis que desconhecemos. A Ciência pode até certo ponto, formular as leis que presidiram à formação e remontar ao estado primitivo deles. Porém, toda a teoria filosófica que contradizer os fatos que a Ciência comprova é necessariamente falsa, a menos que prove que a Ciência está em erro.
O que conhecemos através dos nossos limitados sentidos, mesmo armados com aparelhagem adequada, estará sempre muito aquém das realidades. Aqui e ali, os pesquisadores anunciam novas descobertas, novas leis, mostrando a complexidade do sistema, embora estando ao nosso alcance pelos sentidos, tem se mostrado a grandiosidade cósmica sem definição mais precisa de suas reais finalidades.
Para citar um exemplo, o nosso sistema solar, filho não muito ilustre na conceituação astronômica (estrela de 5º grandeza), carregando seus “elétrons planetários” no estofo da nossa galáxia, tendo ao lado desse sistema solar, os quasares, pulsares, supernovas, gigantes vermelhos, buracos negros e outros ainda pouco definidos, muito pouco as pesquisas tem mostrado pelos pesquisadores apesar dos interesses científicos e múltiplas anotações.
Se vamos à busca de um significado para o Universo e suas respectivas razões, os nosso sentidos ficam perplexos, considerados pela grandiosidade da vida que nos envolve. Nossa percepção é limitada; arrecadamos muito pouca coisa dos fatos que nos cercam, mesmo diante das técnicas mais atuais. Haja vista os tão decantados “buracos negros” do Universo, constituindo, ainda, motivos de muitas interpretações. No centro de nossa galáxia foi detectado uma grande fonte de energia e traduzida por alguns astrônomos como sendo um buraco negro de 700 milhões de quilômetros a tragar, sem cessar, campos e mais campos de substâncias cósmicas. Este centro (buraco negro), ao absorver substâncias do espaço, poderia representar um cadinho elaborador e metabolizador de elementos cósmicos, como que a prepará-los para novos ciclos e novas vivências galáxicas.
Os buracos negros desempenhariam um papel capital como fonte mutacional cósmica. Seria uma zona onde a matéria, depois de devido preparo e difusão nos campos da energias, já pertencesse a outras dimensões do campo da “antimatéria”, onde poderíamos situar os infinitos horizontes das regiões espirituais.
Muitos estudiosos e pesquisadores emitiram a possibilidade do quasar possuir um elo bem expressivo com o buraco negro. Entre o buraco negro e o quasar haveria uma ponte dinâmica de comunicação, onde os campos de energia sofreriam profundas modificações. Por isso, o quasar foi denominado de buraco branco. Se esta hipótese for real, no buraco negro estaria à morte da matéria, no buraco branco, esse mesmo bloco da Substância, sob forma de energias, estaria preparando-se para novas criações e, conseqüentemente, novas experiências para substância universal. Poderíamos dizer, com lógica e com algum acerto, que o buraco negro seria o campo onde o Universo material encontraria o seu fim; não propriamente como se fora um sumidouro, pois o canto de morte da matéria representa uma nova aurora para os campos dinâmicos - a vida com novas vestiduras.
No buraco negro poderíamos ter a grande fonte de transformações, onde a matéria se transmutasse em organizadas energias, onde o campo material fosse integralmente absorvido e, por adequadas mutações, tivesse novos dias nos campos da “antimatéria”. O buraco negro seria o cadinho de inusitadas transformações, onde as partículas atômicas, esgotadas nas elaboradas maturações de bilhões de anos, buscassem suas novas e mais avançadas posições nas antipartículas de uma nova e especial estruturação atômica da Substância.
Dentro desse imenso cadinho de propostas, um princípio básico torna-se evidente o dinamismo constante traduzido pelo impulso evolutivo. Nada se encontra estacionada. Tudo é movimento, porém, com ordem em sua essência. Toda realização terá uma meta, um fim a ser alcançado, que, por sua vez, será o início de novos conhecimentos.
Assim, os elementos do Universo ou a Substância Cósmica, com seu conteúdo de forças, estará sempre em constante elaboração e renovação. É a Substância Universal sempre maturando e se transformando, a fim de alcançar posições mais evoluídas propiciadas pelas aquisições das diversas experiências, ou seja, pelas vivências que vai homologando. O avanço será constante, ordenado, preciso e com infinitas possibilidades.
Todo ser, à medida que evolui, alcança nível cada vez mais complexo apresentando novas propriedades, de modo a mostrar a existência de novas leis reguladoras filhas da “Grande Lei Inteligente” existente na intimidade dos mecanismos.
Como admitir a Evolução como produto de acaso ou mesmo da necessidade, se não compreendemos ainda a complexidade das estruturas, suas interações num determinado organismo e seus respectivos graus de variabilidade e impulso?
Em qualquer organização material jamais haveria o acaso; sendo tudo hierarquizado em nossa conhecida natureza e onde os elementos de estruturação orgânica possuem relativa independência, a auto organização observada será sempre efeito, sempre, de um campo diretor que dita normas e conduz para uma determinada finalidade.
É lógico de pensar-se que a organização material possui em seu interior o elemento diretor. Este impulsiona a matéria que, por sua vez, auxilia a sua própria evolução (aquisição de experiências). Existe hierarquia sem determinismo absoluto; existem variações em escala, onde o menor (a matéria) necessita do maior (o campo energético organizador) e este de menor tempo para seu trabalho de avanço evolutivo. Pelo avanço da vida a complexidade se mostra nos campos materiais, onde podemos traduzir a sua história e oscilações dos seus eventos.
Os acasos, muitas vezes tão defendidos por alguns pesquisadores da área biológica, representam pensamentos vazios sem qualquer estrutura científica.
O ser em evolução se enriquece com os elementos do meio onde milita, ampliando seu estofo e prosseguindo sob orientação de um Princípio. As teorias mais modernas sobre Evolução estão tentando associar a mecânica em questão a um processo autodisciplinado e construtivo. O elemento (energia) que a tudo transcendesse e que não fosse conseqüência da matéria? Enfim, um campo-organizador que não se mostra por encontrar-se em outra dimensão? Caminharia esse campo energético para um tele finalidade? As estruturas físicas não conduzem por si só a expensas dos fatores do meio. Um Princípio ajustador e impulsionador será imprescindível na intimidade dos seres falando da vida. Chardin colocou o psiquismo na intimidade de todos os seres, inclusive nos mais simples em organização; teve a intuição de um Princípio Vital.
Já sabemos que a Substância do Universo possui um ciclo de vida; origina-se, cria-se, matura e morre, transformando-se sempre. Nasce a matéria da energia por condensação; após a elaboração na química inorgânica e orgânica, entra em maturação, quando começa a ceder, por radiações, seus elementos para formação dos campos de energia. O ciclo se vai armando. As renovações constantes correspondem a verdadeiras etapas paligenésicas (renascimentos), tudo obedecendo a mais acertada linha evolutiva, de modo a se pensar na presença de uma Lei precisa envolvendo inteligente finalidade. Seria a busca de uma meta, onde as contrações e expansões cósmicas encontrariam nos buracos negros uma das mais importantes estações de elaboração e filtragem da Substância Universal.
Por tudo, podemos dizer que a ciência, iniciando aberturas das cortinas do Universo, já depara com uma expressiva grande força, além das conhecidas e homologadas pela física - a força nuclear forte, a força nuclear fraca, a força eletromagnética e a força gravitacional. Assim esta “nova grande força”, em difusão universal, suplantando e comandando as demais, pela sua essência inteligente, poderia ser denominada de força PSI-Universal ou Irradiação Divina.
Eis muitos pontos que precisamos elucidar através do estudo evolutivo que nos apresentam os cientistas sobre o Universo. A sua formação foi realizada por uma Inteligência Suprema, Criadora, que dirige eternamente a formação dos mundos e das criaturas que os habitam.
Quem será o Criador? Qual a Inteligência Suprema Universal? De onde provêm essa fonte inesgotável de energia Criadora? Que Essência será esta que da vida ao Universo, totalmente desconhecida, dos seres em evolução?
Essa Sabedoria infinita é apenas sentida pelos seres habitantes dos vários globos do Universo, que já começaram o seu caminho evolutivo, que participam dos seus ciclos de renascimentos progressivos para se tornarem auxiliares dessa Inteligência Universal, embora muitas vezes estacionasse na evolução moral, mas progridem cientifica e culturalmente habitando mundos de igual nível de evolução, não retrocedendo, mas permanecendo parados até uma nova oportunidade de avançar.
Na questão 188 do Livro dos Espíritos, Allan Kardec nos relata o seguinte: - “Os Espíritos puros habitam determinados mundos, mas não estão confinados a eles como os homens estão confinados à Terra; eles podem melhor que os outros estarem em toda a parte”.
Segundo os Espíritos, de todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, a Terra é daqueles cujo habitantes são menos adiantados física e moralmente; e Marte lhe é inferior, e Júpiter muito superior em todos os sentidos. O Sol não é habitado por seres corpóreos, mas um lugar em que se encontram Espíritos superiores, que de lá irradiam seus pensamentos para outros mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais usam o fluído universal como meio de comunicação.
O Codificador no Livro dos Médiuns, na página quatorze, número dois, nos disse o seguinte: - “... que os anjos são almas dos homens que alcançaram o último degrau de evolução, o qual todos podem atingir com boa vontade; que esses anjos são os mensageiros de Deus, encarregados de velar pela execução dos seus desígnios em todo o Universo.”
Pesquisador e compilador: Carlos Gilberto Zanetti Mäder
Piracicaba, 11 de Março de 2011.
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