ÍNDICE:
Índice Pag. 4
Mensagens Pag. 5
Mensagens do Diretor de Doutrina Pag. 6
Programa do Curso Pag. 7
Introdução Pag. 8
Apresentação do Curso Pag. 9
1º. Capitulo - Religiões. Pag. 17
2º. Capítulo - Consolador Prometido. Pag. 29
3º. Capítulo- Continuação - Consolador Prometido. Pag. 37
4º. Capítulo- Centro Espírita. Pag. 46
5º. Capítulo- Continuação - Centro Espírita. Pag. 54
Iº. Seminário - Espiritismo e Espiritualismo Pag. 64
6º. Capítulo- Orações e Prece. Pag. 68
7º. Capítulo - Deus - A Criação. Pag. 76
8º. Capítulo- Seres Orgânicos e Inorgânicos. Pag. 88
IIº. Seminário - Renascimento, Renovação, Transformação. Pag. 99
9º. Capitulo- Espírito e Perispírito. Pag. 101
10º. Capitulo- Ordem e Escala Espírita. Pag. 113
11º. Capitulo- Encarnação e Reencarnação. Pag. 120
12º. Capitulo- Continuação - Encarnação e Reencarnação. Pag. 129
IIIº. Seminário - Alma. Pag. 140
13º. Capítulo - Pensamento. Pag. 141
14º. Capítulo - Continuação - Pensamento. Pag. 148
15º. Capítulo - Espiritismo A Luz do Evangelho. Pag. 155
16º. Capítulo - Sono e Sonhos. Pag. 160
IVº. Seminário - Carma Pag. 167
17º. Capítulo- Médiuns e Mediunidade. Pag. 168
18º. Capítulo- Obsessão e Desobesessão. Pag. 173
19º. Capítulo- Sofrimento - Dor. Pag. 177
20º. Capitulo- Continuação - Sofrimento - Dor. Pag. 182
Vº. Seminário - Fenômenos Espíritas e Fenômenos Naturais. Pag. 191
21º. Capítulo- Reforma Íntima. Pag. 192
22º. Capitulo- Fluidos. Pag. 200
23º. Capitulo- Passes. Pag. 206
VIº. Seminário - Pluralidades das Existências e Pluralidades dos Mundos Pag. 208
“Aos nobres e grandes Espíritos que me revelaram o mistério augusto do destino, a lei do progresso na imortalidade, cujos ensinos consolidaram em mim o sentimento da justiça, o amor da sabedoria, o culto do dever, cujas vozes dissiparam as minhas dúvidas, apaziguaram as minhas inquietações; às almas generosas que me sustentaram na luta, consolaram na prova, e elevaram meu pensamento até as alturas luminosas em que se assenta a Verdade, eu dedico estas páginas.”
LEON DENIS
“É preciso propagar a Moral e a Verdade.”
MUMS.
“Sempre, onde tremula a bandeira da verdade, a superstição oculta-se.”
A. von Platen
“Negar a verdade é um adultério do coração.”
Santo Agostinho
“Para levantar o nível moral, para deter a dupla corrente da superstição e do cepticismo, que arrastam igualmente à esterilidade, é preciso uma nova concepção do mundo e da vida que, apoiando-se no estudo da Natureza e da consciência, na observação dos fatos, nos princípios da razão, fixe o alvo da existência e regule a nossa marcha para diante. O que é preciso é um ensino do qual se deduza um incentivo de aperfeiçoamento, uma sanção moral e uma certeza para o futuro”.
Leon Denis
“Um curso regular de Espiritismo seria dado com o fim de desenvolver os princípios da Ciência Espírita e propagar o gosto pelos estudos sérios. Este curso terá a vantagem de criar a unidade de princípios, de obter adeptos esclarecidos, capazes de difundir as ideias espíritas e de desenvolver um grande número de médiuns. Encaro este curso como capaz de exercer a influência capital no futuro do espiritismo e em suas conseqüências”.
Allan Kardec
Amigos.
Neste trabalho que realizamos tivemos a única intenção de auxiliarmos a todos os que quiserem começar o estudo da Doutrina Espírita. Devemos lembrá-los que tudo o fizemos foi com base nas perguntas e assuntos desconhecidos de irmãos interessados no tema e que vinham até nós para elucidarem suas dúvidas. Deste modo, desde 1997 estamos trabalhando neste estudo, corrigindo, mudando e aumentando o seu conteúdo. Temos a certeza de que muitos anos de trabalho serão necessários para complementarmos ainda mais os assuntos propostos.
Ao encerrar esta terceira revisão quero deixar claro que a nossa incumbência foi a de organizar através da intuição e da inspiração dos Mentores Espirituais, este curso e esta monografia.
Todo o material foi retirado dos originais sem qualquer tipo de mudança, transcrevendo fielmente o que estava escrito nas obras originais citadas na bibliografia de cada capítulo.
Temos a certeza que numa próxima oportunidade as mudanças que ocorrerem serão unicamente para o aperfeiçoamento do estudo.
O que mais interessa neste curso é motiva-los a pesquisar mais sobre os temas, e assim aperfeiçoa-los cada vez mais no aprendizado da Doutrina Espírita.
Como disse o nosso prezado amigo Dr. Humberto, vós sois depositários de um tesouro, podereis guardá-lo se o quiserem, porém poderão usufrui-lo se usarem o bom senso e a boa vontade e souberem aproveitá-lo.
Aceitamos criticas e sugestões, e assumimos aqui os erros que por ventura tenham ocorrido.
Rogamos ao Pai, ao Cristo, que a sua Bênção recaia sobre todos nós.
Hoje, amanhã e sempre.
Que Assim Seja.
Obrigado.
Dr. Carlos
OBJETIVOS DO CURSO.
Amigos e irmãos em Cristo viemos por intermédio de este curso transmitir algumas informações básicas sobre o Espiritismo, que poderão elucidar as duvidas e responder as perguntas que fazemos a nós mesmos quando começamos a desvendar um novo assunto totalmente desconhecido e cheio de curiosidades.
Este curso por sua vez tem como principal objetivo abrir os nossos pensamentos, para o livre pensar e o questionamento em busca do conhecimento e da verdade.
As informações que receberão durante este curso, serão para todos os primeiro entre muitos passos que serão dados em busca do conhecimento da Verdade e da Moral, direcionando-nos para Aquele, que é o Caminho, a Verdade e a Vida: Jesus Cristo, exemplo vivo de que devemos seguir diuturnamente nesta existência.
Este curso não diplomará ninguém com aptidão a ser Médium ou Espírita, apenas abrirá as nossas mentes para que através destes conhecimentos continuemos os nossos estudos com discernimento e livre arbítrio, escolhendo o melhor caminho para a nossa reforma interior. Ajudará a descobrirmos por que vivemos, por que sofremos e para onde vamos quando da nossa partida.
Todos somos Médiuns, mas para o exercício da mediunidade é necessário muito estudo e muita vivência prática associada à fé e à caridade. A mediunidade aplicada requer dedicação completa com Amor e respeito aos nossos semelhantes, cuidando das nossas responsabilidades diárias no lar, na profissão e na sociedade; reservando um tempo onde possamos esquecer-nos de nós mesmos e nos doarmos aos outros sem qualquer interesse. Simplesmente pelo Amor verdadeiro.
Disse-nos o Mestre: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao Próximo como a ti mesmo.
O individuo têm que apreender e praticar a máxima que outorgará a si o direito de evoluir até completar todos os Ciclos. Assim como os disse Jesus: Fora da Caridade não há Salvação.
Fé, Força e Coragem.
Obrigado
Carllos Gilberto Zanetti e Mader
Setembro de 1998. -
A HISTÓRIA DO ESPIRITISMO.
(Breve Relato)
As Irmãs Fox
No mês de Março de 1848, aconteceram, no pequeno povoado de Hydesville, nos Estados Unidos da América do Norte, os primeiros fenômenos espíritas dos tempos modernos, o que representou o prelúdio do advento da Doutrina Espírita, consumado com a Codificação Kardequiana.
Hydesville é um pequeno povoado típico do Estado de New York e , quando da ocorrência desses fenômenos, contava com um pequeno número de casas de madeira, do tipo mais simples. Numa dessas cabanas, habitava a família de John D.Fox, composta dos pais, e vários filhos, dentre outros Margareth, de quatorze anos, Kate de onze anos, além de Leah, que residia noutra cidade.
A família Fox havia passado a morar nessa casa no dia 11 de Dezembro de 1847. Algum tempo após essa mudança, seus ocupantes passaram a ouvir arranhões, ruídos insólitos e pancadas, vibradas no forro da sala, no assoalho, nas paredes e nos móveis, os quais passaram a constituir verdadeira preocupação para aquela humilde família.
Todos ficaram abalados com os acontecimentos. Numa semana a senhora Fox ficou grisalha. E, como tudo sugeria que os fenômenos estivessem ligados às duas meninas. Margareth e Kate, estas foram afastadas de casa. Mas, em casa do seu irmão. David Fox, para onde foi Margareth, e na casa de sua irmã Leah, cujo nome de casada era Sra. Fish, em Rochester, onde Kate ficou hospedada, os mesmos ruídos se fizeram ouvir. Esforços inaudito foram despendidos para que o público ignorasse essas manifestações: logo, porém, elas se tornaram conhecidas. Leah, a irmã mais velha, teve que interromper as aulas de música, pois passando também a ser intermediaria dos fenômenos, embora em menor escala, foi levada a não continuar com as lições.
Os fenômenos se produziam com tal intensidade que, da casa das irmãs Fox, passaram a ser ouvidos na residência do rev. A. H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Logo , após, eles também se fizeram sentir na residência do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester.
Na noite de 31 de Março de 1848, descobriu-se um meio de entrar em contato com a entidade espiritual que produzia os fenômenos. A filha menor do casal, Kate, disse , batendo palmas: “Senhor Pé Rachado, faça o que eu faço.” De forma imediata, repetiram-se as palmadas. Quando ela parou, o som também parou sem seguida. Em face daquela resposta. Margareth, então, disse, brincando: “Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro, e bateu palmas.” O que ela havia solicitado foi repetido com incrível exatidão. Kate, adiantando-se, disse, na sua simplicidade infantil: Oh! Mamãe! Eu já sei o que é. “Amanhã é primeiro de Abril e alguém que nos quer pregar uma mentira.”
A senhora Fox lembrou-se, então, de fazer uma tentativa concludente: solicitou-se à entidade que desse as idades de todos os seus filhos, o que foi feito com notável precisão.
Havia-se estabelecido, desta forma, um sistema de comunicação com o mundo espiritual. Criou-se um alfabeto convencional, por meio de pancadas e, por intermédio
Desse sistema bastante rudimentar, descobriu-se que o Espírito comunicante era um antigo vendedor ambulante de nome Charles Rosna, que, daquele modo, procurava revelar a sua presença e entrar em contato com as pessoas da casa. O indivíduo portador desse nome fora, anos antes, assassinado na casa de Hydesville, na qual, sem o saber, viera posteriormente residir à família Fox. O assassinado revelou que havia sido morto com uma faca de açougueiro, cinco anos antes; que o corpo tinha sido levado para adega; que só na noite seguinte é que havia sido sepultado; tinha passado pela dispensa, descido a escada, e enterrado a três metros aproximadamente do solo. Adiantou, também, que o móvel do crime fora o dinheiro que possuía, cerca de quinhentos dólares.
Na noite de 1º de Abril, começaram a escavar o solo na adega, atingindo um lençol de água. Procedendo-se a nova pesquisa no verão do mesmo ano, foram descobertos uma tábua, carvão e cal, cabelos e ossos humanos; entretanto, somente no dia 22 de Novembro de 1904, com a queda de uma parede, descobriu-se o esqueleto. Também foi achado um baú que pertenceu ao mascate.
Após estabelecer-se esse sistema de intercâmbio com o mundo espiritual de que os fatos narrados foram apenas o prelúdio, outras entidades espirituais entraram a manifestar-se, fazendo entre outras a revelação de que as duas filhas de John Fox __ Margareth e Kate __ eram médiuns, por cuja inconsciente e involuntária intervenção se produziu os fenômenos. A elas estava reservada a missão de cooperar no importante movimento de ideias o qual, por semelhante forma, não tardaria a atrair a atenção do mundo.
Os acontecimentos tiveram inusitada repercussão em Hydesville, em Rochester, e em outras cidades circunvizinhas.
Ao transferir a sua residência para Rochester, a família de John Fox deparou com o primeiro óbice: o pastor da Igreja, a que pertenciam, intimou as meninas, sob pena de expulsão, a abjurarem tais práticas. Essa imposição foi repelida pelas Irmãs Fox e, por isso, elas foram expulsas daquela comunidade religiosa.
Surgiram, posteriormente, as comissões nomeadas para averiguarem a veracidade dos fenômenos e se pronunciarem acerca da natureza. A primeira, depois de longa e minuciosa pesquisa, concluiu por reconhecer a veracidade da intervenção espiritual, na produção dos fatos que o público e obstinava em atribuir a artifício daquelas humildes meninas, sem considerar que nisso não havia para elas interesse algum. A segunda comissão foi nomeada, chegando ao mesmo resultado, com desapontamento para todos.
Nomearam por fim uma terceira comissão, composta de pessoas notáveis e insuspeitas e quando terminou ela o seu rigoroso inquérito, grande parte da população de Rochester se reuniu no maior salão da cidade, conhecido por Corinthian Hall, com o fito de ouvir o resultado.
Deu-se, então, um fato incrível: como a conclusão a que haviam chegado os membros da comissão, confirmava, definitivamente, as pesquisas anteriores, o público, indignado pelo que teimava em ser uma burla por parte das jovens médiuns, que ao lado dos seus pais, aguardava serenamente o veredicto, levantou-se em atitude hostil e, numa onda ululante, pretendeu invadir o recinto, com o intuito de massacrá-las. Foi necessária a pronta intervenção do venerando Quaker George Willets, para evitar aquele linchamento. Willets chegou ao extremo de dizer que, se quisessem matar as meninas, os fanáticos teriam que passar por cima do seu cadáver.
As meninas sofreram nas mãos dos investigadores. No decurso das pesquisas, das comissões, que também tinham algumas senhoras entre os seus membros, estas despiram as meninas, submetendo-as a investigações brutais e aflitivas. Seus vestidos foram amarrados, apertadas nos corpos, e elas colocadas sobre vidros e outros isolantes. A comissão se viu obrigada a referir que, “quando elas se achavam de pé sobre as almofadas, com um lenço amarrado à borda dos seus vestidos, amarradas pelas cadeiras, todos nós ouvimos as batidas distintas nas paredes, no assoalho e em outros objetos”. Por fim, essa comissão declarou, enfaticamente, que as suas perguntas, das quais algumas feitas mentalmente tinham sido respondidas corretamente.
As perseguições sofridas pelas Irmãs Fox foram inenarráveis. Um jornal denominado Rochester Democrat havia tirado uma edição com a manchete “Exposição completa da Mistificação das Batidas”. O resultado das pesquisas obrigou o seu editor a sustar a distribuição do jornal.
Um dos pesquisadores afirmou que, senão se descobrisse qualquer fraude, ia atirar-se nas Cataratas do Gênese. Ele teve que mudar de opinião em sua afirmação.
Em 1850, foram recebidas em duas salas separadas, em Rochester, duas mensagens simultâneas, do Espírito de Benjamim Franklin, cujo teor era o seguinte:
“Haverá grandes mudanças no século dezenove. Coisas que, atualmente, parecem obscuras e misteriosas, para vós, tornar-se-ão claras aos vossos olhos. Os mistérios vão ser revelados. O mundo será esclarecido.” (1)
EXERCÍCIOS:
1. Onde ocorreram as primeiras manifestações espíritas?
2. Quais os nomes das Irmãs Fox?
3. Quem se manifestou em 1850 em dois locais simultâneamente?
4. Qual o nome do venerando Quaker que intervêm em favor das Irmãs Fox, defendendo dos fanáticos?
5. Como se chamava o Espírito comunicante?
BIBLIOGRAFIA:
1. AUTORES: DIVERSOS- Livros, Curso Básico de Espiritismo- 1º Ano - Pág. 13 a 17-
4º Edição-1992. - Edição FEESP- Livraria e Editora Humberto de Campos-
São Paulo-SP.
BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC.
Nascido em Lião, em Três de Outubro de 1804, de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail) não seguiu essas carreiras. Desde a juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das Ciências e da Filosofia.
Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino da França e na Alemanha.
Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino, pelo seu caráter e pelas suas aptidões especiais, já aos quatorze anos ensinava o que sabia àqueles seus condiscípulos que haviam aprendido menos que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as ideias que mais tarde, o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livres-pensadores.
Nascido na Religião Católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que, por isso, teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio, durante longos anos, com o intuito de alcançar a unificação das crenças. Faltava-lhe, porém, o elemento indispensável à solução desses grandes problemas.
O Espiritismo veio, há seu tempo, imprimir especial direção aos seus trabalhos.
Concluídos seus estudos, voltou para a França. Conhecendo a fundo a língua alemã, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral e, o que muito característicos, as obras de “Fénelon”, que o tinham seduzido de modo particular.
Era membro de várias sociedades sábias, entre outras da Academia Real de Arras, que, em concurso de 1831, o premiou pela notável memória sobre a seguinte questão: “Qual o sistema de Estudos Mais em Harmonia com as necessidades da Época?”
De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, na Rua de Sévres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia etc., empreendimento digno de elogios em todos os tempos, mas, sobretudo, numa época em que só um número muito reduzido de inteligências ousava enveredar por esse caminho.
Entre as suas inúmeras obras de educação, citaremos as seguintes: Plano proposto para melhoramento da instrução pública de Pestalozzi, para uso dos professores e das mães de família (1829); Gramática Francesa Clássica (1831); Manual dos exames para os títulos de capacidade, Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria (1846), Catecismo gramatical da língua francesa (1848), Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia, que ele professava no Liceu Polimatico, Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Soborna, seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849), obra muito apreciada na época do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradas novas edições.
Antes que o Espiritismo lhe popularizasse o pseudomino de Allan Kardec, já ele se ilustrara, como se vê, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, porém, tendo todos, como objetivo, esclarecer às massas e prende-las melhor as respectivas famílias e países.
Pelo ano de 1852, posta em foco a questão das manifestações dos espíritos, Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, cogitando, principalmente, de lhe deduzir as conseqüências filosóficas. Entreviu, desde logo, o principio de novas leis naturais: as que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Reconheceu, na ação deste ultimo uma das forças da Natureza, cujo conhecimento haveria de lançar luz sobre uma imensidade de problemas tidos como insolúveis, e lhe compreendeu o alcance, do ponto de vista religioso.
Suas obras principais sobre esta matéria são: O livro dos Espíritos, referente à parte filosófica, e cuja primeira edição apareceu a 18 de Abril de 1857; O livro dos Médiuns, relativo à parte experimental e cientifica (Janeiro de 1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo, concernente a parte moral (Abril de 1864); O Céu e o Inferno, ou A
Justiça de Deus Segundo o Espiritismo (Agosto de 1865); A Gênese, os Milagres e as
Predições (Janeiro de 1868); a Revista Espirita, jornal de estudos psicológicos, periódicos mensal começado a 19 de Janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 19 de Abril de 1858, a Primeira Sociedade Espirita regularmente constituída, sob a denominação da sociedade parisiense de Estudos Espíritas, cujo fim exclusivo era o estudo de quanto pudesse contribuir para o progresso da nova Ciência. Allan Kardec se defendeu, com inteiro, fundamento, de coisa alguma haver escrito debaixo da influencia de ideias preconcebidas ou sistemáticas. Homem de caráter frio e calmo observou os fatos e, de suas observações, deduziu as leis que os regem. Foi o primeiro a apresentar a teoria relativa e tais fatos e a formar com eles um campo de doutrina metódica e regular.
Demonstrando que os fatos erroneamente qualificados de sobrenaturais se acham submetidos a leis, ele os incluiu na ordem dos fenômenos da Natureza, destruindo, assim, o ultimo refugio do maravilhoso e um dos elementos da superstição.
Durante os primeiros anos em que se tratou de fenômenos espíritas, estes constituíram antes objeto de curiosidade, do que de meditações serias. O livro dos Espíritos fez que o assunto fosse considerado sob aspecto diverso. Abandonaram mesas girantes, que tinham sido apenas um prelúdio, e começou-se atentar na doutrina, que abrange todas as questões de interesse para a Humanidade.
Em vez de fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inabalável, senão a que pode encarar, face a face, a razão, em todas as épocas da Humanidade. A fé, uma base se faz necessária, e essa base e o entendimento perfeito daquilo em que se tem de crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é para este século. E precisamente no dogma da fé cega que se deve o ser hoje tão grande o número de incrédulos, porque ela quer impor-se e exige a abolição de algumas das mais preciosas faculdades do homem: "O raciocínio e o livre-arbítrio“. (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a tomar da obra e o ultimo a deixá-la, Allan Kardec morreu em 31 de Março de 1869 quando se preparava para uma mudança de local, imposta pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações. Diversas obras que estava terminando, ou que aguardavam oportunidade para vir a lume, demonstrarão um dia, ainda mais, a extensão e o poder das suas concepções.
Uma individualidade pujante constituiu a obra. Era o guia e farol de todos. Na terra “a obra substituirá o obreiro”. Os crentes não se congregarão em torno de Allan Kardec; congregar-se-ão em torno do Espiritismo, tal como ele o estruturou e, com os seus conselhos, sua influencia, avançarão, a passos firmes, para as fases ditosas prometidas a humanidade regenerada. (1)
EXERCÍCIOS:
1. Onde e quando nasceu Hippolyte Leon Denizard Rivail?
2. Onde e com quem estudou Hippolyte Leon Denizard Rivail?
3- Quais suas obras principais como professor no campo da educação?
4- Explique como Allan Kardec iniciou o estudo do Espiritismo?
5- Quais as principais obras da codificação Espirita feitas por Allan Kardec?
BIBLIOGRAFIA:
1. AUTORES: Diversos- Livro: Curso Preparatório de Espiritismo- Pág. 122 a 125-10º
Edição-1998- Livraria e Editora Humberto de Campos. Edições FEESP-
São Paulo-SP. (2)
2. AUTOR: Allan Kardec- Livro Obras Póstumas- Pág. 11 a 19- 17º Edição-1978-
Editora FEB - Rio de Janeiro. RJ.
BIOGRAFIA DO DR. BEZERRA DE MENEZES.
Adolpho Bezerra de Menezes __ Apóstolo brasileiro do Espiritismo __ nasceu em 29 de Agosto de 1831, na freguesia do Riacho do Sangue, no Estado do Ceará. Foi batizado no catolicismo. Aos seis anos sabia ler, aos sete, iniciava o curso primário, na Vila do Frade, e, aos 11, principiava o Curso de Humanidades, em Imperatriz. Seus aproveitamento era notável, bastando lembrar que, aos 13 anos, lecionava latim na própria escola em que fazia seus preparatórios. Orientava-o, nos estudos, o tio e grande amigo Dr. Manuel Soares da Silva Bezerra. Cumpridos os cinco anos de ginásio, embarcou, em cinco de Fevereiro 1851, para a Corte, a fim de matricular-se na Escola de Medicina, chegando ao Rio de Janeiro sozinho com 20 anos, 38$000 no bolso e uma esperança imensa no espírito Pobre, precisava lecionar para se sustentar e passava às vezes grandes privações, mas a fé em Deus e a prece diuturna o amparavam nos momentos mais difíceis.
Conta-se que, certo dia, quando, muito aflito por não poder pagar ao senhorio o aluguel devido pelo quarto que ocupava, bateram-lhe à porta, e ele, com o Espírito conturbado e coração agitado, pelo receio de não saber se ouviria resignado sob o ardor da vergonha, a ameaça grosseira do cobrador, mesmo assim abriu a porta resoluto. Era um moço que vinha procurar para lições de matemática, justamente a matéria que Bezerra detestava, e que lhe deixou nas mãos certa quantia como pagamento antecipado, prometendo voltar na hora marcada para a lição.
Bezerra satisfez seu compromisso com o senhorio, foi para a Biblioteca Pública estudar o ponto e, de volta, aguardou a chegada do moço que não veio à hora marcada e nunca mais lhe apareceu. Bezerra, que sequer lhe pedira o nome, jamais o reviu na vida e dizia como filósofo:__ Foi à única vez que estudei afundo uma lição de matemática, e ela me valeu de alguma coisa. Concluiu o curso aos 25 anos, em 1856. Abriu, com um colega, consultório no centro do comércio, onde esteve por longos meses sem obter sucesso. Mas, em sua casa, a clínica ia crescendo, pois era gente que não pagava. Ingressou no exército com o posto de cirurgião-tenente. Em 1857, sócio efetivo da Academia Nacional de Medicina, foi eleito redator dos seus Anais, posto que ocupou com brilho durante quatro anos.
Casou-se e, em 1860, com 29 anos, foi eleito pelos liberais de São Cristóvão, mas seu diploma foi impugnado por Hadock Lobo, chefe do partido conservador, sobre o pretexto de Bezerra ser um militar.
Perdeu sua companheira muito cedo, a qual lhe deixou dois filhos, um de três anos e outro de um ano.
Em 1867, foi eleito deputado geral. Casou-se em segundas núpcias.
Foi presidente da Cia Carris Urbanos e o fundador da Estrada de Ferro Macaé - Campos.
Em 1876, voltou a ser deputado e, em 1880, foi também presidente da câmara Municipal e líder do seu partido.
Recebeu de presente um exemplar do livro dos Espíritos e lendo-o pela primeira vez num bonde teve a impressão de já conhecer todo o assunto. Começou a colaborar com o “Reformador”, órgão espírita fundado em 1883 por Augusto Elias da Silva, comentando o catolicismo teológico e de história. Tornou-se Bezerra de Menezes, por sua capacidade, fidelidade e competência na Doutrina e suas qualidades morais de caráter, a partir de 1886, registrou, o maior escritor, o maior orador e a maior opinião do Kardecismo brasileiro.
Sua primeira conferência realizada no Salão da guarda velha, na rua senador Dantas, no dia 16 de Agosto de 1886, registrou marcante sucesso, comparecendo cerca de duas mil pessoas, para ouvirem em silêncio, emocionadas, a palavra do Dr. Adolpho Bezerra de Menezes, que proclamava aos quatro ventos a sua adesão ao Espiritismo.
Com o pseudônimo de Max, escreveu para “O País” uma série de estudos filosóficos sob o título de “O Espiritismo“; escrevendo ininterruptamente, desde 1886 até 1893, constitui os seus escritos o maior repertório do Kardecismo no Brasil. Em 1888, escreveu também o romance “A Casa Mal Assombrada. Nesse mesmo ano, sofreu a perda de dois filhos. Em 1889, aceitou e assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira, tentando, esperançado, realizar a unificação dos Espíritas, que se digladiavam, polemizando em torno de expressões do faciosismo, dividida a família espírita em “místicos“ e “científicos”, “kardecistas”, e “rustanistas”. Foi vice-presidente em 1890 e 1891.
Conseguiu instalar, solenemente, a “Escola de Médiuns”, mas em vão chamava os “representantes” de outros grupos às secções, aparecendo-lhe somente professores...
Em 1892, Bezerra de Menezes, por sua desambição das coisas materiais e por efeitos da implantação da Republica, foi reduzido à pobreza e ao isolamento. Ainda, assim, mantinha seção dominical de “O País”; escrevia artigos para o “Reformador” e escreveu o romance “Lazaro o Leproso.” Em 1893, todas as vozes se calaram, porém Max continuou incansável, escrevendo. Foi á derradeira pena a parar, e só em 25 de Dezembro encerrou os “Estudos Filosóficos”, no “O País”, escrevendo tocante homenagem à mãe de Jesus.
No dia 3 de Agosto de 1895, Bezerra de Menezes foi novamente eleito e empossado na presidência da Federação Espírita Brasileira, cujo cargo ocupou com brilhantismo até a data do seu desencarne, verificado e, 11 de Abril de 1900, deixando inúmeras obras de grande valor literário doutrinário. (1)
EXERCÍCIOS:
1. Onde e quando nasceu Dr. Bezerra de Menezes?
2. Quais os cargos políticos ocupados pelo Dr. Bezerra de Menezes?
3. O que aconteceu marcante na vida do Dr. Bezerra de Menezes em 1889?
4. Em que data Bezerra de Menezes foi presidente da Federação Espírita Brasileira?
5. Quais os livros que o Dr. Bezerra de Menezes escreveu?
6. Quais os bons exemplos deixados pelo Dr. Bezerra de Menezes que devemos aplicar em
nossa vida?
BIBLIOGRAFIA:
1. AUTORES: Diversos - Livro: Curso Preparatório de Espiritismo- pág. 126 a 128- 10º
Edição- 1988- Livraria e Editora Humberto de Campos- Edições FEESP-
São Paulo-SP.
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