Continuação:
- Cólera, na maioria das vezes, pode ser definido por situação de calamidade no mundo íntimo.
Quando uma criança obtém o que quer com sua ira, esta é bem-sucedida, dando, por conseguinte motivos a outras crises semelhantes; quando, pelo contrário, a criança não obtém o que deseja através de sua irritação, terá menos razão para recorrer à cólera como meio de solução dos seus problemas.
A. Gesell, psicólogo americano, considera a cólera como uma das manifestações do ciúme, incluído sentimentos de vingança e autocomiseração e pesar. Todas essas manifestações coléricas trazem-nos a evidência a dificuldade que temos em tratar habilmente uma criança irritada, pois este modo provoca a ira da pessoa contra qual a cólera é dirigida.
Na adolescência elas podem apresentar manifestações desviantes de cólera, como palavras de escárnio, indiretas, zombarias, menosprezo, prazer com os infortúnios alheios, atitudes de revolta política e socioeconômica, de vandalismo, furto e outros atos anti-sociais.
Uma maneira de mostrar a cólera, amistosamente, é demonstrar-se preocupado pelo bem estar de alguém, por quem tem aversão. Muitas vezes na sociedade apresentam-se com uma falsa polidez, porém, superficiais, como uma indiferença que vai até o ódio.
Outra manifestação de cólera é aquela dirigida contra terceiros, ou seja, uma criança que recebe certas repreensões não tem coragem de revidá-las e descarrega então sua ira em um irmão, empregada ou outra pessoa de suas relações.
Diante destas considerações, não se pode afastar o estudo dos fatores espíritas desencadeantes da cólera, aliado aos fatores emocionais de reivindicação e insegurança que podem acarretá-la. O equilíbrio moral, no relacionamento pais e filhos, auxiliam muito a atitude de compreensão, análise e combate às frustrações que conduzem às crises de cólera. O estudo objetivo da personalidade da criança orienta qual a melhor maneira de agir em cada caso, com suas nuanças e particularidades.
Conhecidos os fatores desencadeantes da cólera, cumpre-nos afastá-los, recorrendo a recursos psicológicos, físicos, educativos, religiosos (o grifo é nosso) e tantos quantos forem necessários, pelo bem da evolução espiritual da criança e do desempenho eficiente de nossa própria missão.
Na vida prática, o homem possui a prevenção contra incêndios, o controle da energia elétrica, o serviço imunológico na preservação da saúde e o sinal vermelho nos códigos de trânsito, evitando acidentes.
Por que não estabelecer em nós mesmos, nas horas difíceis o minuto de silêncio ou de prece, inibindo a explosão do azedume?
- A irritação não apenas pressiona os recursos orgânicos da pessoa que a ela se rende, irrefletidamente, predispondo-a para doenças de natureza obscura, mas igualmente espalha agressões vibratórias sobre aqueles que nos compartilham o dia-a-dia e que, muitas vezes, dependem de nossa serenidade a fim de se equilibrarem na vida.
Se alguém te atordoa, acalma-te e espera, proporcionando tempo a ti mesmo, a fim de solucionar o problema que esse alguém te apresenta.
Age sem precipitação e sem barulho, resguardando, sobretudo a tranqüilidade dos corações que se te fazem apoio nas próprias experiências.
Se algo te fere, perdoa e esquece, para que não agraves as tuas dificuldades com o peso das emoções negativas.
Ora e pede à Providência Divina compreensão e paz, de modo a que teus dias na terra se tornem marcados pelo rendimento no bem. E sempre que te inclines à ira, faze o teu minuto de silêncio ou de oração, observando que a cólera, em qualquer questão e em qualquer circunstância, é uma sombra que te complicará os caminhos ou te fará perder.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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