POEMA DA FRATERNIDADE.
A vida é sempre a iluminada escola.
Compadece-te e ajuda no caminho.
Por toda parte, a dor que desconsola
E toda gente aguarda a leve esmola
Do sorriso, da prece, do carinho...
Nem sempre vês quem chora e necessita.
Há muita treva, muita sede e fome
Escondidas em laços de ouro e fita,
E, em tudo, há muita máscara bonita
Ocultando a miséria que consome.
Quanta cabeça se ergue à luz dourada
Na multidão festiva que fulgura!
E, a sós, pende tristonha e desvairada,
Aturdida no horror da própria estrada,
Chorando de aflição e de amargura!...
Quanto sonho padece ao desabrigo!
Quanta mágoa contida, a vida fora!...
Auxilia, do príncipe ao mendigo,
Não atrases o abraço doce e amigo,
Que o companheiro espera, desde agora.
Que boa luta te não desagrade.
Sê mais amplo no esforço da harmonia...
Semeia a glória da fraternidade!
Sem a luz da União e da amizade,
Não há bênçãos da Paz e da Alegria.
CARMEM CINIRA. (CHICO XAVIER.)
Fonte: Livro: “CORREIO FRATERNO” – Autores Diversos – 2 ª. edição. – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Fevereiro 1978.
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