MENSAGEM
DE BEZERRA DE MENEZES.
RELEMBRANDO
BEZERRA DE MENEZES - I.
Autor :
Silvio Brito Soares.
A data de 29 de agosto é de grande emoção para todos os
espíritas da Pátria do Cruzeiro do sul, e especialmente para os que aceitam,
pregam e praticam o Espiritismo como o Evangelho redivivo de N. S.
Jesus-Cristo. E isto porque, precisamente naquele dia volvia ás plagas
terrenas, no Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, este Espírito altamente
evangelizado, emissário de Ismael, que aqui se tornou conhecido e estimado com
o nome de Adolfo Bezerra de Menezes.
Pois bem, esse foi o maior de todos os espiritistas que
já pisaram o solo brasileiro perguntou-se a si mesmo, certa vez, qual seria a
pedra fundamental do Espiritismo, em sua pura concepção. E ele próprio, a
seguir, respondeu: - o Evangelho!
Sim, porque o fim da Revelação Espírita, clara e
positivamente prescrito pelos seus porta-vozes, único componentes para
determiná-lo, é a interpretação do ensino divino em espírito e verdade.
E se esse é o fim a ele assinalado por Deus, como no-lo
ensinam os Espíritos Reveladores, onde os fundamentos invocados por aqueles que
o consideram apenas Ciência?
Ciência é ele, porque altíssima Religião e quem diz
Religião diz Ciência, por ser a Religião a Ciência das ciências. Neste sentido,
e só neste, pode-se dizer que o Espiritismo é Ciência; religião cientifica.
Querer, porém, destacar os dois elementos, dos quais um
procede do outro, é desnaturar a Revelação, tal como assim o fizeram Jerusalém e Roma.
Bezerra de Menezes não se cansava de dizer que o
Espiritismo é a Luz mais intensa que veio guiar as novas gerações para a
perfeição humana e que a missão dos espíritas é a de espalhar essa Luz por toda
a superfície da Terra. Se ele assim bem o disse, melhor ainda o demonstrou
durante todo o período do seu messianato de Amor.
Sim, a alma de Bezerra de Menezes era toda afeto e
bondade, alimentando sempre o desejo ser útil aos seus semelhantes. Suas ações
cotidianas, seus pensamentos, puros e límpidos, levavam-na a estar
continuadamente envolvida nos fluidos amordáveis e salutares do Cristo. Era
como que um imã a atrair forças vitais da Natureza e que ele distribuía,
magnânima e profusamente, aos seus doentes, que as recebiam, em maior ou menor
porção de acordo com a intensidade de sua fé, de sua confiança e de seus
sentimentos, mesmo porque, como disse o Espírito Joaquim Murtinho, que na Terra
foi médico e operava curas maravilhosas com a homeopatia, “os ensinamentos da
fé constituem receituário permanente para cura positiva das antigas
enfermidades que acompanham a alma, século trás séculos”.
“Vox populi, vox dei”. As vozes de milhares de
consulentes pobres, a quem ele, Bezerra fornecia os remédios e até mesmo
dinheiro para o alimento, anunciando as curas feitas, chegaram aos ouvidos da
alta sociedade. E, apesar de suas consultas serem dadas com modesta farmácia de
subúrbio, a ela diariamente afluíam centenas de pessoas de bolsas recheadas que
disputavam ser atendidas por esse médico realizador de milagres. Bezerra de
Menezes, no entanto, não era um priveligiado por Deus; as por outros
facultativos, desde que soubessem conjugar o verbo Amar com Bezerra o
conjugava.
Fonte: O Reformador, PÁG 17 E 18. – N
º. 1.868. – Ano. 102. – Novembro, 1984.
Nenhum comentário:
Postar um comentário