ELUCIDANDO
DÚVIDAS DOS JOVENS.
A PRÁTICA
CARIDADE...
Fala-se muito em caridade, mas muito pouco
se faz. Mesmo no meio espírita, há muito discurso e pouca prática. O que fazer
para reverter esta situação?
Caridade. É
muito fácil falar, porque falar pode ser a manifestação de uma crença, talvez
de uma vontade, mas não de um valor real, quando essas idéias não se manifestam
na prática. Embora acreditamos no Espírito, embora apregoemos a sua moral,
frustramo-nos diante de uma situação real de vida, quando percebemos que aquilo
tudo, que defendemos e ensinamos, na verdade permaneceu no nível do discurso,
não se consumando em atitudes e comportamentos. Os ensinamentos de Jesus –
nesse aspecto- constituem o ponto alto da pedagogia moral, porquanto esse jovem
Carpinteiro de Nazaré criou uma escola das mais originais, onde o Mestre ia
“fazendo” a frente e os alunos tem “imitando” atrás. De quando em vez, o
Professor parava para refletir com os discípulos a situação vivida ou
aproveitava uma situação nova, improvisando um ensinamento tirado daquele
momento oportuno. Essa prática pedagógica ainda não conseguimos resgatar,
talvez porque ela seja muito trabalhosa e exija mais do professor do que a
prática convencional do simples discurso. Não há como aprender a ser caridoso
se não se fizer a caridade, assim como não há como aprender a nadar sem entrar
na água funda. Se o Centro Espírita continuar a dar receitas de caridade, mas
sem estimular e/ou criar situações de fato para que seus profitentes sejam
levados a agir, não passaremos de meros discursadores, poucos eficientes e nada
eficazes. Está é uma questão que predcisa ser discutida com critério. Inclusive
no sentido de levar a spessoas a estabelecerem seus próprios programas de ação
nas mais diversas situações de vida.
Fonte: Revista
Informação. – No. 188. – Julho de 1992.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.com)
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