Instintivamente tem o homem a crença
do futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua
imaginação fantasiou os sistemas que originaram a diversidade de crenças.
A Doutrina Espírita sobre o futuro -
não sendo uma obra de imaginação mais ou menos arquitetada engenhosamente,
porém o resultado da observação de fatos materiais que se desdobram hoje à
nossa vista - congraçará, como já esta acontecendo, as opiniões divergentes ou
flutuantes e trará gradualmente, pela força das coisas, a unidade de crenças
sobre esse ponto, não já baseada em simples hipótese, mas na certeza.
A unificação feita relativamente à
sorte futura das almas será o primeiro ponto de contacto dos diversos cultos,
um passo imenso para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde,
para a completa fusão.
(Allan Kardec, “O Céu e o Inferno”,
1a. Parte, cap. I, item 14, 23a. Edição, Editora FEB, Rio
de Janeiro, RJ.
Fonte: Revista “O REFORMADOR” - No. 1785. - Dezembro,
1977, - Editora FEB. - Rio de Janeiro, RJ.
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