O HOMEM.
Tu não és força nêurica
somente,
Movimentando células de
argila,
Lama de sangue e cai que
se aniquila
Nos abismos do nada
eternamente;
És mais, és muito mais,
és a cintila
Do Céu, a alma da luz
resplandecente,
Que um mistério implacável
e inclemente
Amortalhou na carne atra
e intranqüila.
Apesar das verdades
fisiológicas,
Reflexas das ações
psicológicas,
Nas células primevas da
existência,
És um ser imortal e
responsável,
Que tens a liberdade
incontestável
E as lições da verdade
na consciência.
AUGUSTO
DOS ANJOS.
PARAIBANO. Nasceu em
1884 e desencarnou em 1914, na Cidade de Leopoldina, Minas. Era professor no
Colégio Pedro II. Inconfundível pela bizarria da técnica, bem como dos assuntos
de sua predileção, deixou um só livro – Eu – que foi, aliás, suficiente para
lhe dar personalidade original.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
CÁRMEN CINIRA e outros autores - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ -
1935.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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