VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
8 º Parte.
Rivalidades, movidas por interesse pessoais, tolheram-no no desenvolvimento daquele grandioso plano, cuja execução ficou frustrada pela retirada do DR. Bezerra de Menezes da direção daquelas companhias.
Devemos salientar, neste passo, que a fortuna de que era detentor Bezerra de Menezes foi fruto exclusivo da exploração normal da Estrada de Ferro Macaé a Campos, a qual, por fim, veio a tornar-se verdadeiro sorvedouro dos seus bens, de vez que, por má-vontade e perseguição do governo iperial, em virtude da independência de caráter do ilustre brasileiro, foram-lhe negados todos os meios de desenvolvimento da empresa, obrigando-o a sacrifícios tais, que sua fortuna ficou completamente arruinada.
Outra, porém, muito maior do que essa, poderia, entretanto, é certo, ter o Dr. Bezerra de Menezes acumulando trinta anos de clínica, se sua alma de escol pudesse, um momento sequer, ter a preocupação de acumular bens.
Para maior realce de sua virtude, mister se fazia que a fortuna um dia lhe tivesse sorrido na vida, no propósito de seduzi-lo.
Seu espírito, porém, pairava sempre acima dos bens efêmeros do mundo, e tanto isso é verdade que, dispondo de todos os elementos para reconquistá-la, mostrou, a todas as horas, sua completa indiferença, para se dedicar única e exclusivamente ao exercício de seu sacerdócio médico e repartir a caridade por todos os infelizes.
Pobre e carregado de família, pois que novamente se casara, em 21 de janeiro de 1865, com a Sra. D. Cândida augusta de Lacerda Machado, irmã materna de sua primeira mulher, e de quem teve sete filhos, o Dr. Bezerra de Menezes ainda assim não recuou; e, sendo escolhido pelo seu partido, e pel quarta vez, para membro da chapa de vereadores no exercício de 1876 – 1880, foi novamente candidato, obtendo grande triunfo.
Eleito presidente da Câmara, nesta última eleição municipal, foi eleito, também deputado geral pela Corte e província do Rio de Janeiro.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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