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terça-feira, 3 de julho de 2012

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - SILVIO BRITO SOARES. - Nº4. - ENSAIO BIOGRÁFICO - PREÂMBULO. (PRIMEIRA PARTE.)


                                               ENSAIO BIOGRÁFICO.

(Nota: Devido a extensão do conteúdo dividiremos em nove partes.)

                                                     PREÂMBULO   (Primeira Parte)


            Adolfo Bezerra de Menezes foi também conhecido, em seu tempo, pelo cognome de Médico dos Pobres. È que ele sofria com os sofrimentos de seus pacientes. E muitas vezes ficamos a cismar se eram realmente os remédios, ministrados por Bezerra, que tão prontamente curavam seus consulentes, ou se eram as virtudes que saíam, em profusão, de sua alma de escol, que propiciavam as verdadeiras maravilhas dessas curas.
            Lembremo-nos de que a nossa Doutrina e os nossos maiores da Espiritualidade já nos têm esclarecido que a Medicina não deve ser um sistema e sim um meio de restabelecer a harmonia das forças vitais quando perturbadas. E os homens, quaisquer que sejam, que se consagram ao tratamento físico da humanidade, devem entregar-se a profundos e perseverantes estudos teóricos e experimentais, valendo-se da ciência médica, destinada a progredir sempre, do magnetismo humano e do sonambulismo magnético, lançando mão de todos os meios, usando de todos os recursos que aqueles estudos necessariamente facultam, recursos e meios tirados, pela observação e pela experimentação, das propriedades curativas minerais, vegetais e animais, sobre tudo dos vegetais, e ao mesmo tempo dos fluidos de que se acha carregada a atmosfera que nos cerca.
            Precisamos salientar que o magnetismo não constitui um jogo para divertimentos de curiosos; não é uma ciência ligeira apenas para aliviar alguns sofrimentos. É um estudo grave, profundo que reclama, para se tornar proveitoso, ilimitado desinteresse, fé viva, inesgotável amor ao próximo, amor esse que jorrava, a todas as horas, da alma vibrátil de Bezerra de Menezes.
            Até que se complete a purificação moral e, conseguintemente, a purificação física do homem – continuam ainda os nossos mentores da Espiritualidade -, a ação magnética humana não bastará por si só, na maioria dos casos, para a cura das enfermidades essencialmente físicas e orgânicas. Haverá, porém, casos excepcionais em que Deus permitirá ao homem adiantar-se, em que um privilegiado em virtude da elevação e da pureza alcançada -, com auxílio oculto dos Espíritos superiores, produzirá, por ato da sua vontade e pela ação magnética, fenômenos de curas consideradas impossíveis, fenômeno de curas a que chamam de milagres.
            Allan Kardec, a respeito das numerosas curas operadas por Jesus, disse-nos de que todos os fatos que dão testemunho do poder de Jesus, os mais numerosos, não há contestar, são as curas. Queria ele provar dessa forma que o verdadeiro poder é o daquele que faz o bem.
            A alma de Bezerra de Menezes era toda amor e bondade, alimentando sempre o desejo de ser útil aos seus semelhantes. Suas ações cotidianas, sés pensamentos, puros e límpidos, levavam-na a estar continuadamente envolvida nos fluidos amoráveis e salutares do Cristo era como ímã a atrair as forças vitais da natureza, e que ele distribuía, magnânima e profusamente, aos seus doentes, que as recebiam, em maio ou menor proporção, de acordo com a intensidade da sua fé, de sua confiança e de seus sentimentos, mesmo porque, como disse o Espírito Joaquim Murtinho, que na Terra foi médico e operava curar maravilhosas com a sua homeopatia, “os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para a cura positiva das antigas enfermidades que acompanha a alma, século trás século”. (No Livro falando à Terra, pág. 127, Ed. FEB- Psicografada por Chico Xavier.)
            E disse nos mais o Espírito desse piedoso médico: “Se o homem compreendesse que a saúde do corpo é reflexo da harmonia espiritual, e se pudesse abranger a complexidade dos fenômenos íntimos que o aguardam além da morte, certo se cosagrará à vida simples, com o trabalho ativo e a fraternidade legítima por normas da verdadeira felicidade”.

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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