INTRODUÇÃO.
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NOTAS HISTÓRICAS.
NAZARENOS:
Nome dado, na antiga lei, aos judeus que faziam votos por toda a vida, ou apenas por um certo tempo, de conversar-se em pureza perfeita. Eles adotavam a castidade, a abstinência de bebidas alcoólicas e a conservação de sua cabeleira. Sansão, Samuel e João Batista eram nazarenos.
Mais tarde, os judeus deram esse nome aos primeiros cristãos, por causa de Jesus de Nazaré.
Esse também foi o nome de uma seita herética dos primeiros séculos da era Cris, semelhante à dos ebionitas, dos quais adotavam alguns princípios misturava as práticas das leis de Moisés aos dogmas cristãos. Essa seita desapareceu no quarto século.
PUBLICANOS:
Eram chamados desse modo, na antiga Roma, os cobradores das taxas públicas, encarregados da cobrança de impostos e das rendas de toda espécie, seja na própria Roma, seja nas outras partes do Império. Assemelham-se aos cobradores de impostos gerais e aos contratantes do antigo regime de França, e aos que ainda existem em algumas regiões. Os riscos que corriam faziam com que se fechassem os olhos diante das riquezas que muitas vezes conseguiam e que, para muitos dentre eles, eram o produto de cobranças e benefícios escandalosos. O nome publicano se estendeu mais tarde a todos os que lidavam com dinheiro público e aos subalternos. Hoje essa palavra tem um sentido de ofensas para designar financistas e os agentes de negócios pouco escrupulosos. Diz-se algumas vezes: “Ávido como um publicano; rico como um publicano”, referindo-se a uma fortuna de origem duvidosa.
Na época da dominação romana, uma das maiores dificuldade que os judeus tinham foi de aceitar o imposto, o que mais causava irritação entre eles. Daí resultaram muitas revoltas e o assunto tornou-se uma questão religiosa, pois o encaravam como sendo contrario a lei. Formou-se um partido poderoso à frente do qual estava certo Judas, conhecido como Gaulonita, que tinha por princípio o não pagamento de impostos. Os judeus tinham, portanto, horror a essa cobrança e a todos os que eram encarregados de recebê-la. Daí a sua aversão aos publicanos de todos os lugares, entre os quais podiam encontrar pessoas muito estimadas, mas que, em razão das suas funções eram desprezadas, assim como os que tinham relações com eles eram considerados na mesma desaprovação. Os judeus distintos acreditavam se comprometer se tivessem relações de intimidade com eles.
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição - Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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