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quarta-feira, 14 de março de 2012

- DIVULGAÇÃO DO LIVRO ESPÍRITA (ESPIRITISMO). - MENSAGEM DE EMMANUEL (CHICO XAVIER.) - NO III CONGRESSO ESPÍRITA MINEIRO.


         MENSAGEM DE EMMANUEL (CHICO XAVIER.).

            NO III CONGRESSO ESPÍRITA MINEIRO.

Espíritas!
Reunidos no Terceiro Congresso Espírita Mineiro, recordamos de nossos deveres básicos.

Num século apenas de atividade doutrinária, temos a mensagem do Espiritismo impregnando a cultura de todos os continentes.

Venerada no santuário religioso, é o renascimento da fé; erguida à idéia dos condutores, é força do progresso; acalentada no lar; é ajustamento da família; conhecida nos tribunais, é inspiração da justiça; incorporada ao magistério, é responsabilidade no ensino; assimilada nas artes, é clarão de beleza imperecível, varrendo a névoa do túmulo; analisado no laboratório, é demonstração positiva da imortalidade da alma; e, conduzida ao seio da comunidade popular a que se destina, é alógica da evolução e incentivo à fraternidade, instrução e consolo, esclarecimento e esperança.

Em vinte lustros de serviço, surpreendemo-La, palpitante, em todos os grandes empreendimentos do mundo, exalçando a dignidade humana e desentranhando das trevas da ignorância e do dogmatismo a divina liberdade de pensamento.

Entretanto, no transcursos dos últimos cem anos, vimos, igualmente, o monstro da guerra tripudiar, várias vezes, sobre o sangue das nações, o ódio de raça entronizado pelas inquisições sócias e políticas, os campos de concentração onde o crime e a violência assumiram o aspecto de legalidade perante as legislações mais cultas, a ponta das baionetas alterando a feição geográfica do Globo, a perversão da inteligência nos requintados engenhos da destruição e da morte, o desvario das paixões extremistas, o recrudescimento das indústrias do aborto, o ateísmo dominante, buscando fazer do homem simples unidade econômica e, mesmo entre nós, o grave tentame de reduzir-nos a Doutrina de Luz a mero divertimento intelectual ou deplorável sistema de exploração da energia mediúnica com a escravização das entidades de nosso convívio doméstico.

Observemos, assim, que todas as nossas conquistas do espírito, no presente, são frágeis revestimentos de superfície, quando confrontadas com o lastro espesso de sombra que trazemos de nossas próprias experiências, no passado multimilenar, e vigiemos, com desassombro e lealdade, a sementeira da Nova Luz.

Eis porque, transpondo o limiar do segundo século que nos compete, reverenciamos, convosco, o alvo estandarte da caridade sublime, a cátedra filosófica e o gabinete da indagação cientifica, mas lembrando, de modo especial, o impositivo do estudo crescente e metódico dos princípios de Allan Kardec, o apóstolo inesquecível da obra basilar, que constitui a chave para compreensão dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, de cuja misericórdia verte o Espiritismo sobre atualidade dos homens, com a excelsa missão de reerguer moralmente os povos atormentados da Terra.

Preservemos o alicerce, garantido o equilíbrio e a segurança no desdobramento do edifício.

Sobretudo, saibamos viver em nós a lição que pregamos para que a nossa plataforma renovadora seja efetivamente o Evangelho do Senhor em constante ressurreição.

Arquitetos de nossos próprios destinos e senhores de nossa própria plantação no terreno das causa, sereis amanhã o que hoje somos - espíritos desencarnados com aflitivos problemas a examinar - tanto quanto, de futuro, seremos o que hoje sois - espíritos encarnados com difíceis problemas a resolver.

Nas primeiras horas de nosso ministério de redenção, exortou-nos o Espírito da Verdade:
- “Amai-vos! - eis o primeiro ensino”.
- “Instruí-vos! - eis o segundo.”
E agora ousaríamos acrescentar:
- Unamo-nos todos na educação e na regeneração de nós mesmos com a obra do bem infatigável, a favor dos semelhantes, a fim de que, no alvorecer de cada dia, possamos abraçar o fiel cumprimento de nossas obrigações, exclamando em perenidade de alegria no entendimento da Vida Eterna:
- Ave, Cristo! Os que vão Te servir Te glorificam e Te saúdam. 

Fonte: Livro “SEMEADORES EM NOVOS TEMPOS” - Emmanuel (Chico Xavier) - 1 a. Edição. - EDITORA GEEM. - 1989.


                                              RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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