“O QUE O NAR-ANON FÊZ POR MIM!”
QUARTA PARTE.
3. O QUE O NAR-ANON FEZ POR MIM!
A. Conhecer o Programa Espiritual Nar-Anon:
A Fábula Francesa da Barra de Ouro...
a. - Objetivo: - Através das reuniões, literaturas e das experiências dos membros mais antigos no Grupo, conhecer, aprender e praticar, em nossas vidas, no dia a dia, preocupando-nos unicamente em nos modificarmos diante da vida, dos outros e, das situações que nos causarem constrangimentos de qualquer que seja a ordem.
B. Informações do Nar-Anon, que me ajudaram na recuperação:
a. - O Nar-Anon é um programa para ser feito “Um dia de cada vez”.
b. - No Nar-Anon descubro em mim mesmo o poder de lançar nova luz numa situação aparentemente sem esperança.
c. - Realizar pequenas ações a cada dia, pode ser muito mais eficaz ... Isso certamente me traz mais serenidade”.
d. - Vou lembrar de que só preciso uma pequena mudança de direção para começar a mudar minha vida”.
e. - A vigilância diária será um pequeno preço a pagar por minha paz de espírito”.
f. - Ler alguma coisa da literatura do Nar-Anon todos os dias; ...
g. - A vigilância diária será um pequeno preço a pagar por minha paz de espírito.
C. Práticas que me ajudaram na recuperação:
- À realização de um homem na sua existência, dependerá, de um conjunto de vários fatores relacionados ao seu dia-a-dia. Nar-Anon.
- O Nar-Anon me dá os instrumentos que posso usar para atingir muitas metas, inclusive a serenidade, a sanidade e o desligamento com amor.
a. - Aceitação... do problema que vivemos com o nosso adicto.
b. - Oração Da Serenidade: - Foi, é, e será, a principal e mais importante ferramenta da minha recuperação. Não só proferida, mas, meditando e aplicando-a em todas as situações favoráveis e desfavoráveis vividas por mim, após conhecer o Programa.
c. - Entreguei-me à Deus: ... o meu adicto, os meus familiares, os meus amores, os meus amigos, aqueles que me consideram como inimigos, àqueles a quem tenho que fazer todo tipo de reparação, a todos da nossa sala, a todos que convivo no lar, no trabalho, na profissão, na sociedade, aos infelizes que causam todos os tipos de crimes e delitos, contra si e contra a humanidade, tudo o que possuo, pois, veio D’Ele.
d. - Amor: - Meses antes de adentrar ao Nar-Anon, comecei a mudar as minhas atitudes para com o adicto:
- Cumprimentava-o carinhosamente como fazia com as demais pessoas;
- Conversava com ele, sem cobranças;
- Ouvia a sua conversa com atenção, sem fazer julgamentos se o que dizia era verdade ou mentira;
- Comecei expressar o meu amor para com ele, sem concordar ou não com suas atitudes comportamentais prejudiciais a si e aos familiares;
- Aceitei-o como ele era, embora não concordasse como o seu modo de vida.
- Entreguei-o à Deus, para que cumprisse a sua vontade. Fiz o mesmo comigo e com os demais familiares.
e. Desligamento: - Com amor, aplicando os princípios do Nar-Anon mais consciente do que nunca. Aceitei pessoas, situações, circunstâncias, fatos como eles se manifestaram. Saber que o momento é com deve ser, porque todo o Universo é assim. Não me voltei contra o Universo, não lutei contra o momento presente. digo a mi mesmo: “minha aceitação será total e completa; verei as coisas como são no momento em que ocorrerem e não como eu gostaria que fossem”.
- Assumi a responsabilidade pela minha situação e pelo fatos que considerava problemáticos. Deixei bem claro que assumir a responsabilidade é não culpar-me, alguém, ou alguma coisa, pela situação em que vivo.
- Descobri que todo problema traz-me uma oportunidade, para descobrir os meus defeitos de caráter e, as práticas para transformar-me, causando-me um imenso benefício.
- Desistir de defender meus pontos de vista convencendo ou persuadindo os outros a aceitá-los e mudarem como eu gostaria que eles fossem.
- Permaneço aberto a todos, com os seus pontos de vista, aceitando-os ou não, sem me prender a nenhum deles. Observando o que é melhor para mim.
f. Fé e Confiança: - Ter fé de sou assistido pelo “Poder Superior de Deus”, assim como o meu adicto. Renovou-me a esperança para uma vida saudável e primorosa.
g. Poder Superior: - Mantenho o contanto com o “Poder Superior de Deus”, através do “Silêncio”, da “Oração da Serenidade” e da “Meditação”.
h. No Silêncio e Meditação: - Quando realizo o item acima, praticando o “Silêncio e Meditação”, utilizo a Técnica de uma Psicóloga Americana, Merril Stiling, da Partilha e Registro Pessoal, ou seja: - “Falo em voz alta os meus sentimentos com relação aos meus comportamentos, as minhas reações diante de comportamentos e situações criadas por uma terceira pessoa.
Ao ouvirmos as próprias palavras, representa-nos estarmos falando com uma outra pessoa, no Nar-Anon, diz ser nosso padrinho ou madrinha.
Silenciamos, desligamos as nossas atitudes mentais diante da situação exposta por nós, calados ouviremos os nossos pensamentos que representam as respostas e sugestões fornecidas pelos padrinho ou madrinha, é exatamente aquilo que eu mesmo preciso ouvir.
O Registro que fazemos dos nossos sentimentos em uma caderneta nada mais é que o “partilhar no Nar-Anon”. Esse registro com o passar do tempo vem nos mostrar a nossa evolução sentimental frente ao comportamento de pessoas e situações que nos causam constrangimento.
O Registro nos auxilia no inventário constante e minucioso que devemos fazer de nós mesmos. Pesquisando, transformando e avaliando o nosso progresso diante dos nossos defeitos de caráter.
Para que a técnica funcione, devemos ser autênticos, honestos, sinceros, verdadeiros para conosco mesmos. Não devemos nos iludir.
i. - Os Doze Passos: - Devemos estudo-os e pratico-os constantemente no meu dia a dia, e na minha vida.
- A Oração da Serenidade, proferida com Fé e Confiança ao “Poder Superior de Deus”, nos inspira à utilizá-los.
j. - Os Lemas: - Os cartões que fiz de “Lemas e Mensagens para as Flores”, fortaleceram nas crises, me deixaram vigilante e mantém vivo o Nar-Anon em minha vida.
k. - Pratica de ações caridosas... para doentes do físico, dos sentimentos, da alma. Auxiliando a outros suprirem suas necessidades.
D. As lesões emocionais e sentimentais nos relacionamentos dos pais e irmãos e amigos do adicto, poderão um dia ser curadas?
Os relacionamentos poderão serem normalizados, mas as emoções e sentimentos entre os membros da família dificilmente voltará a ser o que era. As batalhas contra as crises cessaram, mas, as causas da enfermidade (da adicção) estão hibernadas no “Ser” do adicto, qualquer pequeno desequilíbrio poderá fazer vir a tona as crises voluntariamente e, com isso afetar causando recaídas nos familiares..
O Nar-Anon nos diz: - “Adquirir confiança leva tempo, mudar leva tempo, recuperar velhas feridas leva tempo; não existem soluções imediatas ou instantâneas”.
Deverá haver um meio para o entendimento de todos? Sim.
Como? Para isso todos os componentes do lar, deverão conhecer o Programa Espiritual Nar-Anon, Estudá-lo e praticá-lo. Utilizando os Doze Passos do Nar-Anon, divididos em três fazes, com aplicação individual, reconhecendo e assumindo seu erros e responsabilidade diante de todos.
1º. Fase: - Aplicar individualmente: - Os Passos, Um, Dois e Três.
Nesta fase cada familiar individualmente, ao praticar o Passo Um, reconhecer-se-á impotente diante das situações criadas pelo adicto e demais familiares. Reconhecerá que uma força Superior “O” sustenta, e a “Ela” se entrega, todos e tudo o que lhe pertence.
2º. Fase:- Aplicar individualmente: - Os Passos, Quatro, Cinco, Oito, Nove e Dez.
Nesta fase cada membro deverá conhecer através de um “Inventário minucioso” os seus defeitos de caráter, admitir os erros que causou, e o que foi causado pelos outros, na incompatibilidade dos relacionamentos. Relacionando todos os membros da família, com a respectiva reparação a ser feita, no momento certo, sem causar maiores danos aos envolvidos. Refazer seu inventário constantemente, encontrar causas e não culpados. - ““Para escapar de ver o que fizemos de errado ao outro, cheios de ressentimentos focamos o que o outro nos fez de errado”. (Doze Passos e Doze Tradições do NAR-ANON.)
3º. Fase: - Aplicar individualmente: - Os Passos , Seis, Sete, Onze e Doze.
Nesta fase ficamos a disposição do auxílio do “Poder Superior” para remover os defeitos de caráter que influenciam e determinam as causas dos nossos desvios comportamentais nos relacionamentos familiares. Agindo dessa maneira, nos colocamos numa posição de humildade diante “D’ele” e dos nossos entes queridos, para vencermos a nós mesmos. Praticando o Silêncio e da Prece da Serenidade, Meditando a sua mensagem, descobriremos qual é a vontade e a força do “Poder Superior” em relação a nós. Despertando espiritualmente cada um levará essa mensagem aos demais familiares, praticando esses ensinamentos, diariamente, em todas as nossas atividades. Reconstruiremos um novo vinculo familiar sem cobranças, sem medo de atitudes e reações dos demais familiares.
Muito agradecido.
Sou o Carlos, mais um Nar-Anon em recuperação.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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