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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - Nº. 21. - BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - D. JOÃO VI. NO BRASIL.. - HUMBERTO DE CAMPOS. (IRMÃO X. -CHICO XAVIER.)


                                              D. JOÃO VI. NO BRASIL

            Enquanto as falanges de Henrique de Sagres, reunidas em Portugal, revigorando as forças para escola de energia, que foi a guerra peninsular, o exército de Ismael voltava-se para o Brasil, para inspirara o primeiro soberano do Velho mundo que pisava as terras americanas.
               A esses agrupamentos espirituais, aliava-se agora Tiradentes, que se transformara gênio inspirador de todos os brasileiros. Ismael reúne os colaboradores  e fala:
              - Amigos, um novo período surgirá agora para as nossas atividades na terra do Evangelho. Através da inspiração divina, reformar-se-á toda a política na terra em que mais tarde edificaremos toda a obra de Jesus. Inspiremos a todos que se encontram à frente dos interesses do povo, iluminando-lhes o caminho com as idéias generosas e fraternas de liberdade. Sobre os nossos esforços pairará a direção do Senhor, que se desvela amorosamente pelo cultivo da árvore sagrada dos ensinamentos, transplantada da palestina para  coração do Brasil.
            A caravana espalha-se, por todos os recantos da pátria, distribuindo com seus as  esforços fraternais as sementes de uma vida nova.
             A 22 de Janeiro de 1808, aporta na Bahia, a maior parte das embarcações da frota real. O príncipe regente e sua comitiva  são recebidos com carinhosas demonstrações de amizade. Clarins e bandeiras, sob um sol escaldante, anunciam a presença da família real nas terras do Cruzeiro. A cidade de Salvador julga-se nos seus grandes dias, sendo outra vez a capital da colônia; mas, os navios descem ao longo da costa para o Rio de Janeiro.
                Logo, ao seu primeiro contanto com o Brasil, sob influência das falanges do infinito, o príncipe sente-se tocado da mais alta simpatia para coma Pátria do Evangelho.
                 O soberano estava na Bahia, José da Silva Lisboa, mais tarde Visconde Caíru, bem relacionado com o Conde Aguiar, ministro de D. João VI, consegue a abertura dos portos do Brasil para o comércio universal. Está providência, é a base primordial da autonomia da colônia, seus antecedentes teve indiscutível atuação da espiritualidade, porque na convenção secreta de Londres , em 22 de outubro de 1807, a proteção de Jorge III, à Casa de Bragança, seria trocado essencialmente, pela abertura dos portos brasileiros com exclusividade para o livre comércio da Inglaterra. O trono e seus ministros conheceram essas estipulações através do Lorde Stranforgd; com auxilio salutar das forças invisíveis, reconsideram o absurdo de tais exigências, e cuidaram de realizar as primeiras aspirações dos compatriotas brasileiros.
                  D. João VI, fica deslumbrado com as maravilhas dos céus americanos, e entusiasma-se com as belezas naturais da paisagem magnífica.
               O soberano, com seu séquito de fidalgos e, uma comitiva de vassalos e nobres, de guardas e criados, onde destacava-se o Visconde de Anadia, elegante da época, inimigo implacável de todas as feições indígenas da colônia, o Marquês de Belas, o Marquês de Angeja, o Duque de Cadaval, aportou no Rio de Janeiro num ambiente de geral alegria.    
                 O rei, sentia-se confortado e satisfeito com a magnificência do panorama e da fartura da terra.  D. Carlota Joaquina, com pouca educação, megalomaníaca e os apegos aos prazeres requintado da época, não se conformava com a situação, protestando contra todos os elementos, demonstrando aridez de espírito e lamentável agressividade.
             As caravanas do infinito não descansavam junto das autoridades supremas da política administrativa. Aproveitavam todas as oportunidades. A 1º de abril de 1808, acabou a proibição sobre as indústrias nacionais, declaradas livres, facilitou deste modo a ajuda dos estrangeiros estacionados nas costas marítimas da Pátria do Cruzeiro, surgido um novo período de trabalho construtivo do país, prestes a celebrar suas núpcias com a liberdade.
               O Rio de Janeiro,dirigido pelo bondoso príncipe, sob influências do Alto, adotara um regime liberal de governara, diferenciado do de Lisboa, ache-se de obras notáveis. Fundam grandes instituições nesta cidade. Surge a Escola de Medicina, O Real Teatro São João, O Banco do Brasil; organiza-se o inicio da Escola de belas Artes, cria-se a Academia de Marinha, o Conselho Militar, a Biblioteca Real; desenha-se o Jardim Botânico, como novo encanto da cidade, e , sobretudo, inicia-se, com a Imprensa Régia, a vida do jornalismo na Terra de Santa Cruz.
                   Entidades benevolentes e sábias comandadas por Ismael, espalham claridades novas em todos os espíritos, e sob seus generosos e imponderáveis impulsos, as grandes realizações do progresso brasileiro se avolumam por toda parte, nas mais elevadas demonstrações evolutivas.
          O príncipe, contudo, não soube manter-se dentro das linhas de sua autoridade. Com suas liberalidades ,criava-se em seu derredor da sua corte uma sociedade de parasitas e inúteis. Os abastados do Rio de Janeiro e de outras grandes cidades receberam títulos e condecorações de toda natureza. Expediam-se cartas honorificas quase que diariamente. Em todos os lugares, havia comendadores da ordem do Cristo e cavaleiros de São Tiago dando lugar a um menosprezo pelas instituições. Os nobres da época eram os novos ricos dos nossos tempos. Conquistavam os títulos  e, sentiam-se no direito de serem colocados no orçamento das despesas da corte, apodrecendo longe do trabalho. Os gastos com as despesas da corte e com a multidão de criados, no Rio de Janeiro , no tempo de D. João VI, era de mais de quinze mil contos de reis. Os alojamentos dos fidalgos e famílias, exigiu ,muitas vezes autoridade enérgica devido às expropriações. A lei das aposentadorias obrigava todos os  inquilinos e proprietários, a cederem as suas residências aos favoritos e aos fâmulos reais. O Juiz Aposentador intimavas pessoas, para desocuparem suas residências por qualquer vontade de um simples fidalgote. Oficial de justiça simplesmente escrevia na porta “P. R.”, significava Príncipe Regente, porém, a malícia carioca dizia - “Ponha-se na Rua”.
               Moreira de Azevedo, descreve nos, que Agostinho Petra Bittencourt, era um juiz Aposentador  no tempo de D. João VI, quando pela segunda vez  apareceu um fidalgo exigindo uma residência confortável, e já estava bem instalado. Passado alguns dias , o mesmo homem requer a mobília, mais algum tempo requer escravos. Recebendo a terceira solicitação, indignado com os excessos da corte, exclamou para a esposa  :
                   - D. Joaquina, prepare-se, porque por pouco tempo poderemos estar juntos.
                E indicando a mulher ao fidalgo, disse: - este senhor por duas vezes pediu-me, casa, mobília e agora vem pedir escravos. Dentro em breve, desejará uma mulher e, como tenho só a senhora ,terei de entregá-la.
          Apesar de todos os absurdos e dispêndio, de muito excedidos nos odiosos processos revolucionários, se necessitasse o Brasil exigir sua emancipação pelas armas, a corte de D. João Vi, prestou inestimáveis serviços, no capítulo da sua autonomia e de sua liberdade, sem abusos criminosos das lutas fratricidas.



                                                      RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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