SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO VIII.
LABORATÓRIO
DO MUNDO INVISÍVEL.
131. Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em
magnetismo, mas inexplicado até hoje: o da mudança das propriedades da água,
por obra da vontade.
O Espírito atuante é o do
magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma
transmutação por meio do fluido magnético que, como atrás dissemos, é a substância
que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora, desde que
ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um
fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética,
convenientemente dirigida.
Sabe-se que papel capital
desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como se há de
explicar a ação material de tão sutil agente? A vontade não é um ser, uma
substância qualquer; não é, sequer, uma propriedade da matéria mais etérea que
exista. A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante.
Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma
ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm
assim a ficar transformadas.
Tanto quanto do Espírito
errante, a vontade é igualmente atributo do Espírito encarnado; daí o poder do magnetizador,
poder que se sabe estar na razão direta da força de vontade. Podendo o Espírito
encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as
propriedades, dentro de certos limites. Assim se explica a faculdade de cura
pelo contacto e pela imposição das mãos, faculdade que algumas pessoas possuem
em grau mais ou menos elevado. (Veja-se, no capítulo dos Médiuns, o parágrafo referente aos Médiuns curadores. Veja-se também a Revue Spirite, de julho de 1859, págs. 184 e 189: O zuavo de Magenta; Um oficial do exército da Itália.)
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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