VIDA
E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
47 º. Parte. – A
verdade, no entanto, é que toda essa insidiosa campanha contra o Dr. Bezerra de
Menezes não o diminuiu, antes, pelo contrário, fê-lo crescer no consenso geral.
Bezerra de Menezes desencarnou, anos depois, querido de
todos e por todos respeitado; seu nome tornou-se uma bandeira dentro do
Espiritismo; seu Espírito é sempre lembrado e venerado, enquanto que o seu
gratuito opositor está completamente esquecido, como esquecido foi ainda mesmo
em vida, e, como ovelha desgarrada do aprisco da verdade, teve um triste fim
nessa sua peregrinação terrena.
Esse irmão colaborou na
fundação da Liga Espírita do Brasil, depois veio a chamar Liga Espírita do
Estado da Guanabara, em 1972, passou a se chamar Federação Espírita do estado
da Guanabara, visto que, até então, ainda alimentava a esperança de conduzir a
novel Liga para os rumos que tinha em mira.
Seu Espírito, porém, anos após a sua desencarnação, na
noite de 4 de abril de 1950, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier,
enviou uma mensagem, da qual extraímos alguns tópicos por julgarmos
imprescindível no esclarecimento de que Bezerra de Menezes estava certo em suas
idéias e na maneira por que conduzia a propagação do Espiritismo. Escreveu ele:
“Nem sempre a fé, por mais pura, consegue descerrar,
enquanto permanecemos na carne, o véu que nos obscurece a razão. Muitas vezes é
preciso que a morte opere sobre a nossa existência a ação destruidora da
tempestade. A ventania furiosa, que castiga a natureza, derruba muitos
cárceres, libertando a vida em muitas direções. Esse é talvez o trabalho mais
positivo da morte no campo isolado da reencarnação. Adquirimos clareza e
impulso renovados nas forças profunda do ser e, com isso, observamos que a
nossa mente é, na maioria das ocasiões, antigo compartimento que se desentulha.
Enxergamos o horizonte novo, e os erros cometidos sobrelevam-se na tela da
memória, torturando-nos a alma e impedindo-lhe mais altos da purificação.
Referimo-nos a esse doloroso cativeiro do pensamento, na cristalização do
individualismo doentio, e reportamo-nos a semelhante quadro da libertação pelo
esgotamento da energia física, para dizer aos companheiros de sementeira
espírita-crista, no Brasil, das nossas necessidades de reavivamento espiritual,
segundo os ditames da lição de Jesus”.
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Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora
FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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