18º.AULA. OBSESSÃO E DESOBESESSÃO.
“ O sofrimento não é um castigo, e sim um resultado. “
Roberto Ingersoll
OBSESSÃO:
A obsessão é uma doença de ordem espiritual que consiste num constrangimento da atividade mental de um Espírito por ação de outro, desequilibrando-o emocional e ou fisicamente. Somente há obsessão quando acontece uma observação constante no psiquismo da pessoa. Se isso não existe, há apenas uma má influênciação, o que não caracteriza a enfermidade.
Somente os maus Espíritos obsedeiam, interferindo na vontade do indivíduo, fazendo com que ele tenha ações contrárias ao seu desejo.
A obsessão só se instala quando o obsessor encontra no obsediado fraquezas morais que possam ser exploradas. São os pontos fracos da personalidade.
No corpo humano uma doença só aparece quando há uma deficiência no organismo. Na área psíquica, o indivíduo, se este estiver fraco moralmente, estará sujeito a obsessão espirítica.
Conhecendo as fraquezas do obsedado, o Espírito obsessor vai aos poucos obtendo domínio mental sobre ele. Se a obsessão se alastrar, e não for tratada em tempo hábil, haverá cada vez mais afinidade fluídica entre o obsessor e obsedado. Isso poderá acarretar num aumento da influência maléfica, agravando a enfermidade.
As obsessões no período de infância são raras. Geralmente, após os sete ou oito anos de idade quando a personalidade da criança começa a desabrochar, é que pode aparecer alguma influenciação mais significativa sobre ela.(2º)
CAUSAS DA OBSESSÃO
Basicamente, a obsessão pode ter quatro causas: as morais, as relativas ao passado, as contaminações e as anímicas.
Causas morais:
Depende da conduta cotidiana do indivíduo. Se andarmos mal, poderemos atrair espíritos inferiores para nós, devido a afinidade. Vícios mundanos, como o cigarro, a bebida em excesso, o cultivo do orgulho, do egoísmo, da maledicência, da violência, da avareza, da sensualidade doentia e da luxúria poderão ligar-nos às entidades espirituais infelizes que , mesmo desencarnadas, não se desapegaram dos prazeres materiais. Ligam-se aos “vivos”, para satisfazerem seus desejos.
Relativas ao passado:
Durante o processo de evolução, o Espírito vive milhares de encarnações. Em algumas dessas vidas, por ignorância ou livre arbítrio, pode-se cometer faltas graves em prejuízo do próximo. Se a desavença gerar ódio entre os inimigos, o desentendimento pode perdurar por encarnações a fio, despontando desejos de vingança e perseguição. Casos assim podem dar origem a processos obsessivos. Desencarnados, malfeitor e vitima continuam a alimentar sentimentos de rancor de um para com o outro. Se um encarna, o outro o persegue, atormentando-o.
Contaminações:
As contaminações geralmente acontecem quando uma pessoa freqüenta ou passa por ambientes onde predomina a influência de Espíritos inferiores. Seitas estranhas, onde o ritualismo e o misticismo se fazem presentes; terreiros primitivos, praticantes de baixa magia; são focos onde podem aparecer contaminações graves. A contaminação ocorre quando desencarnados atrasados, ligados ao lugar, envolvem-se na vida mental de quem foi ali, prejudicando-o; ou então através de radiações magnéticas, oriundas destas casas, capazes de causarem transtornos fluídicos.
Anímica ou auto obsessão:
A causa deste tipo de obsessão reside na mente da própria criatura. Ela cultiva de forma doentia certos pensamentos que causam desequilíbrio em suas faculdades emocionais e psíquicas. Muitas tendências auto obsessivas são provenientes de vidas passadas. Angústia, depressão, mania de perseguição ou de carências inexplicadas podem fazer parte de processos auto-obsessivos. A pessoa fecha-se em seus pensamentos, não encontrando forças para sair da situação. Essa conduta atrai para perto do enfermo Espíritos doentios que sintonizam na mesma faixa mental, agravando a doença espiritual. A fluidoterapia, largamente usada nas casas espíritas, pode ser usada como auxiliar no tratamento das auto-obsessões.
GRAUS DA OBSESSÃO.
A Obsessão apresenta três graus de gravidade: Obsessão simples, subjugação e fascinação.
Obsessão simples:
É a influência que, de forma sutil, constrange a pessoa a praticar atos ou pensamentos diferentes do que geralmente possui. A criatura às vezes nem percebe o que lhe está ocorrendo. Outras, têm consciência da influência daninha, mas não conseguem se livrar dela. Este tipo de obsessão é comum e pode agravar-se dependendo da natureza do Espírito envolvido e das disposições morais do paciente.
Subjugação:
pode ser moral ou corpórea. No caso moral, o Espírito obsessor adquire forte domínio sobre o psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões que são contrárias ao seu desejo, vencendo a sua vontade. O paciente tem consciência do que acontece.
Na corpórea, alem de exercer o domínio psíquico, o obsessor atinge a parte fluídica perispiritual do doente, dominando seu corpo e, às vezes, atirando-o contra o chão.
Fascinação:
É a pior forma da obsessão. Trata-se de um tipo de ilusão provocada por um Espírito hipócrita. Este planeja muito bem seu intento e busca envolver o indivíduo em artimanhas mentais bem preparadas. A porta de entrada, como sempre, são as falhas morais.
Geralmente, é no orgulho de sua vítima que encontra o alimento para a fascinação. Exalta-lhe a vaidade, colocando-a como infalível e auto-confiante ao extremo. A ilusão é tanta que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, a ponto de não perceber o ridículo de certas ações que comete.
Doutrinas absurdas, idéias contraditórias, teorias impraticáveis podem ser oriundas da fascinação. O fascinado dificilmente aceita sua condição de obsediado, o que dificulta sua cura. Do simples e ignorante, ao intelectual, todos podem ser vítimas da fascinação.(2º)
O TRATAMENTO DA OBSESSÃO.
Para se tratar a obsessão, é necessário:
a) Conscientizar o obsedado de sua situação para que, com sua força de vontade, possa ajudar-se na cura;
b) Orientá-lo em sua vida diária, para que busque uma conduta mais sadia, afastando-se dos vícios e controlando suas más tendências. O exemplo é grande arma na luta contra a obsessão;
c) Mostrar ao enfermo a necessidade da prática dos ensinos do Evangelho de Jesus Cristo e de freqüência regular a uma casa espírita ou mesmo de outra Religião. A prece é o mais poderoso auxílio no tratamento de obsedados;
d) Orientar moralmente o Espírito obsessor, nas reuniões mediúnicas, aconselhando-o a seguir outro caminho que não o da vingança, da mentira ou dos prazeres inferiores;
e) Quando necessário, orientar moralmente a família do doente, que às vezes está envolvida indiretamente no problema obsessivo.
f) Ter sobre o Espírito obsessor, ascendência moral.(2º)
SINAIS DE ALARME DA OBSESSÃO:
Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável para obsessão:
__ Quando entramos na faixa da impaciência;
__ Quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
__ Quando passamos ver ingratidão nos amigos;
__ Quando imaginamos a maldade nas atitudes dos companheiros;
__ Quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
__ Quando reclamamos apreço e reconhecimento;
__ Quando supomos que o nosso trabalho esta sendo excessivo;
__ Quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço;
__ Quando pretendemos a fugir de nós mesmos através do álcool ou entorpecentes;
__ Quando julgamos que o dever é apenas dos outros.
Toda vez que um sinal deste venha a surgir no transito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou da luz do discernimento.(1)
EXERCÍCIOS:
1º. O que é a obsessão?
2º. Como podemos classificar as causas da obsessão?
3º. Quais são as causas morais da obsessão?
4º. Como ocorre a obsessão por contaminação?
5º. Como classificamos os graus de obsessão?
6º. Como podem ser tratados os casos de obsessão?
BIBLOGRAFIA:
1. AUTORA: CRISTIANE PASSOS.
BOLETIM INFORMATIVO DA S.E.R.- ANO I - NÚMERO 03 - MAIO, 1997.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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