O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO
XVII.
DA
FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS.
DESENVOLVIMENTO
DA MEDIUNIDADE
215.
Se ao médium não foi concedido ser exclusivamente mecânico,
todas as tentativas para chegar a esse resultado serão infrutíferas; erro seu,
no entanto, fora o julgar-se, em conseqüência, não aquinhoado. Se apenas é
dotado de mediunidade intuitiva, cumpre que com isso se contente e ela não
deixará de lhe prestar grandes serviços, se a souber aproveitar e não a
repelir.
Desde que, após inúteis experimentações, efetuadas seguidamente durante
algum tempo, nenhum indício de movimento involuntário se produz, ou os que se
produzem são por demais fracos para dar resultados, não deve ele hesitar em
escrever o primeiro pensamento que lhe for sugerido, sem se preocupar com o
saber se esse pensamento promana do seu Espírito ou de uma fonte diversa: a
experiência lhe ensinará a distinguir. Aliás, é freqüente acontecer que o movimento
mecânico se desenvolva ulteriormente.
Dissemos acima haver casos em que é indiferente saber o médium
se o pensamento vem de si próprio, ou de outro Espírito. Isso ocorre quando,
sendo ele puramente intuitivo ou inspirado, executa por si mesmo um trabalho de
imaginação. Pouco importa atribua a si próprio um pensamento que lhe foi
sugerido; se lhe acodem boas idéias, agradeça ao seu bom gênio, que não deixará
de lhe sugerir outros. Tal é a inspiração dos poetas, dos filósofos e dos
sábios.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário