SEARA DOS MÉDIUNS.
IRMÃOS
PROBLEMAS.
Reunião pública de 8/7/1960. -Questão nº 254 Parágrafo 1º
São sempre muitos.
Contamse, às vezes, por legiões.
Acham-se encarnados, entre os homens, e caminham semeando revolta.
Mostram-se desencarnados da esfera física e comunicam a peçonha do
desespero.
Facilmente identificáveis, sinalizam a rebeldia.
Falam em dever e inclinam-se à violência, referem-se ao direito e transformam-se
em vampiros.
Criam a dor para os outros, encarcerando-se na dor de si mesmos.
São vulgarmente chamados “Espíritos maus”, quando, mais
propriamente, são Espíritos Infelizes.
Zombam de tudo o que lhes escape ao domínio, supõem-se
Invencíveis na cidadela do seu orgulho, escarnecem dos mais altos
valores da Humanidade e acreditam ludibriar o próprio Deus.
*
Decerto que esses irmãos, enredados a profundo desequilíbrio,
estarão entre nós, adestrando-nos as forças mais intimas para que aprendamos a
auxiliar.
Não perguntes por que existem, de vez que emparelhávamos com eles,
até ontem, quando padecíamos ignorância maior, e nem exijas que os orientadores
da Espiritualidade lhes suprimam a condição inferior a golpes de mágica,
porquanto somos todos irmãos, com necessidade natural de assistência mútua.
Cabe-nos, acima de tudo, a obrigação de secundar o trabalho
daqueles que
nos
precederam e nos inspiram, realizando o melhor.
Para isso, não te digas Inútil.
Se não prestássemos para as boas obras, por que razão nos daria
Deus a flama da consciência e o sopro da vida?
Contudo, não basta pregar.
É preciso fazer.
Os companheiros infelizes, além de serem irmãos problemas, são
também nossos observadores de cada dia.
Embora com sacrifício, atende à tua parte de esforço na plantação
da bondade e no suor do aperfeiçoamento.
Saibamos sofrer e lutar pela vitória do bem, com devotamento e
serenidade, ainda mesmo perante aqueles que nos perseguem e caluniam,
recordando sempre que, em todo serviço nobre, os ausentes não têm razão.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, - Emmanuel, - Psicografado
por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora F E B, - Rio de Janeiro,
RJ, - Abril de 2000.
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