VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
55 º. Parte. – Na noite de 12 de abril de 1900, às sete horas, houve a habitual sessão comemorativa da Ceia do Senhor, na Federação Espírita Brasileira. Então, todos os que dela participavam ouviram, pela maravilhosa mediunidade sonambúlica de Frederico Pereira da Silva Junior, a palavra querida do Espírito do nosso Bezerra de Menezes.
Sua mensagem foi longa, e nela mais de uma vez, humildemente, agradeceu a Deus, a Jesus e à Virgem Santíssima as bênçãos divinas que misericordiosamente recebia na pátria espiritual, pois se considerava ainda muito pecador e, portanto, indigno desse sagrado amor de Jesus!
Houve mesmo um instante em que todos tinham a impressão de verem a figura refulgente desse saudoso amigo, quando dizia:
“Baixai vossos olhos sobre os meus amigos, ó Virgem Gloriosa! São também vossos filhinhos, como eu, que aflito gemi e padeci na Terra, sempre com os olhos cravados em vós. Dai que eles possam compreender, ó Virgem Imaculada, esse ensinamento em que se vê vosso amado Filho, o Rei absoluto deste Planeta, curvado aos pés de humildes pecadores, como um servo humilde, lavar de seus pés o pó da estrada de peregrinos que trilhavam! Que eles possam compreender esse – amai-vos uns aos outros -, certos, convencidos de que o amor que desdobrarem das suas almas, para os seus irmãos, evola-se, libra-se aos paramos onde está o vosso amado Filho, - é o amor elevadíssimo que nos vem com Jesus.
“Meus caros companheiros, meus amigos, é demais a recompensa! Saudades! Ouvi, de mais de um, essa palavra, mas saudades por que?
“Vê tu meu velho amigo (para Sayão), Vêem todos vocês como é fraco o espírito humano!
“Vocês, espíritas, meus companheiros, que falam a todo o momento comigo, têm saudades e choram. Eu também choro a minha fraqueza. Oh! Deus, oh! Jesus-Cristo! Quando, pelo verdadeiro elo da amizade, pela verdadeira compreensão dos vossos ensinos serão estancadas as nossa lágrimas, e essa palavra não terá nenhum sentido na linguagem das criaturas, vivendo todos nós sempre unidos e ligados pelo coração? Eu estou junto de vocês, meus caros companheiros. Eu lhes peço: não quebrem essa cadeia sagrada.
“Como isto é bonito, como isto eleva as nossas almas!
“...Obrigado a todos vocês, a todos vocês obrigado.
“Bezerra estará sempre unido aos vossos corações. O Bezerra pede a Deus, e Deus há de permitir que ele continue a trabalhar, a produzir na seara bendita.”
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
Nenhum comentário:
Postar um comentário