Mensagens do Mês de Janeiro Dia: 14
"A repetição deliberada de um erro, antes de dilapidar
a reputação do delinqüente, intoxica-lhe a vontade e solapa-lhe a
segurança."
LAVRADORES.
“O lavrador que trabalha deve ser o
primeiro a gozar dos frutos”. - Paulo.
(II TIMÓTEO, 2:6.)
Há lavradores de toda classe.
Existem aqueles que compram o campo
e exploram-no, através de rendeiros suarentos, sem nunca tocarem o solo com as
próprias mãos.
Encontramos em muitos lugares os que
relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao sol o
fracasso da sementeira que não vigiam.
Somos defrontados por muitos que
fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem qualquer atenção para com os trabalhos
que lhe dizem respeito.
Temos diversos que falam
despropositada mente com referência a inutilidades mil, enquanto vermes destruidores
aniquilam as flores frágeis.
Vemos numerosos acusando a terra
como incapaz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a
bênção da gotaa d’água e o socorro do adubo.
Observamos muitos que se dizem
possuídos pela dor de cabeça, pelo resfriado ou pela indisposição e perdem a
sublime oportunidade de semear.
A Natureza, no entanto, retribui a
todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento.
Mas o agricultor que realmente
trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto.
E assim ocorre na lavoura do
espírito.
Ninguém logrará o resultado
excelente, sem esforçar-se, conferido à obra do bem o melhor de si mesmo.
Paulo de Tarso, escrevendo numa
época de senhores e escravos, de superficialidade e favoritismo, não nos diz
que o semeador distinguido por César ou mais endinheirado seria o legítimo
detentor da colheita, mas asseverou, com indiscutível acerto, que o lavrador
dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com as
vantagens do fruto.
Fonte: Livro “FONTE VIVA” -
EMMANUEL. Francisco C. Xavier. - 10a. Edição - Editora FEB. - Rio de
Janeiro, R - 1982.
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