SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO X.
DA
NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES.
136.
As
comunicações sérias são
poderosas quanto ao assunto e elevadas quanto à forma.
Toda comunicação que, isenta de frivolidade e de grosseria,
objetiva um fim útil, ainda que de caráter particular, é, por esse simples
fato, uma comunicação séria. Nem todos os Espíritos sérios são igualmente
esclarecidos; há muita coisa que eles ignoram e sobre que podem enganar-se de
boa-fé. Por isso é que os Espíritos verdadeiramente superiores nos recomendam
de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais
rigorosa lógica.
No tocante a comunicações sérias, cumpre se distingam as verdadeiras
das falsas, o que nem sempre é fácil, porquanto, exatamente à sombra da
elevação da linguagem, é que certos Espíritos presunçosos, ou pseudo-sábios, procuram
conseguir a prevalência das mais falsas idéias e dos mais absurdos sistemas. E,
para melhor acreditados se fazerem e maior importância ostentarem, não
escrupulizam de se adornarem com os mais respeitáveis nomes e até com os mais
venerados. Esse um dos maiores escolhos da ciência prática; dele trataremos
mais adiante, com todos os desenvolvimentos que tão importante assunto reclama,
ao mesmo tempo que daremos a conhecer os meios de premonição contra o perigo
das falsas comunicações.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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