Cristian Friedrich Samuel Hahnemann
1755-1843
Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu
em 10 de abril de 1755, em Meissen, na Saxônia. Seus pais lhe deram o nome de
Christian, seguidor de Cristo; Friedrich, protegido do rei; Samuel, Deus me
escutou, em sinal de reconhecimento a Deus.
Seu pai era pintor de porcelana e ele
mesmo foi preparado para seguir a carreira paterna. Desta forma, aprendeu na
Escola várias línguas estrangeiras: inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego,
hebreu e caldeu, além da língua nacional. O objetivo era poder, no futuro, comercializar
em outros países a porcelana.
Mas, o seu destino seria outro. Foi
estudar Medicina em Leipzig e Viena. Por ser pobre, sustentava-se fazendo
traduções, e assim entrando em contato com obras sobre doutrinas existenciais.
Em 1812, era docente da Universidade de
Leipzig. Contudo, na carreira médica se mostrava inquieto por não conseguir
bons resultados na cura dos enfermos que tratava. Seus amigos diziam que ele
sonhava, que tudo que almejava era utopia." O homem é limitado mesmo, limitados
também seus conhecimentos."
Finalmente, aos 36 anos, após a morte de
um amigo que cuidava clinicamente, resolve abandonar a medicina. Adentra o seu
consultório e avisa a seus pacientes que não mais os atenderá. Se os não pode
curar, de que vale a sua ciência! E despede a todos.
Está profundamente desanimado. Para
sobreviver e sustentar a família, trabalha em traduções, mais especialmente na
área da química e da farmacologia.
Fazendo a tradução de uma obra de um médico
escocês William Cullen, no ano de 1790, surpreende-se com a descrição das
propriedades do quinino. Chama-lhe a atenção, em especial, o fato de que a
intoxicação pelo quinino tinha sintomas semelhantes aos da enfermidade natural
da febre intermitente.
Ele próprio passou a ingerir doses de
quinino, comprovando que os resultados eram semelhantes à febre combatida por
aquele produto.
Repetiu a experiência com outras drogas,
como o mercúrio, a beladona, a digital, sempre no homem sadio, concluindo por
elaborar a doutrina homeopática, resumida na expressão: "similia similibus
curantur", ou seja, sintomas semelhantes são curados por remédios semelhantes.
Já no ano de 1796, suas observações foram
divulgadas. Observações que passariam a compor sua mais importante obra: O
Organon, publicado em 1810, onde explica seu sistema e cria a Homeopatia.
Depois, publicaria Ciência Médica Pura e Teoria e tratamento homeopático das
doenças crônicas.
Nos princípios homeopáticos estabelece-se
que toda substância que, em dose ponderável, é capaz de provocar no indivíduo
são um quadro sintomático, também tem capacidade de o fazer desaparecer, com
administração em pequenas doses. Também que a preparação dos medicamentos
requer diluições infinitesimais, pois que elas teriam a capacidade de desenvolver
as virtudes medicinais dinâmicas das substâncias grosseiras.
Desde os primeiros momentos, Hahnemann
sofreu acirrada campanha contrária ao que expunha, em especial dos
farmacêuticos, pelo que muito padeceu.
Somente em 1835, já com seus 80 anos,
viúvo, foi procurado por uma jovem que o buscou em sua cidade como último
recurso médico e foi por ele curada. Eles se consorciam e ela o leva para
Paris, onde finalmente obtém geral reconhecimento.
Foi em Paris que ele desencarnou a 2 de
julho do ano de 1843, 14 anos antes de vir a lume O livro dos espíritos e
nascer, portanto, a Doutrina Espírita.
Compondo a equipe espiritual responsável
pela Codificação, deu seu contributo particularmente em O Evangelho Segundo
o Espiritismo, cap. IX, Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos, onde
assina a mensagem do item 10, tratando das virtudes e dos vícios que são
inerentes ao Espírito. A mensagem foi dada em Paris, no ano de 1863.
À guisa de curiosidade somente, no mesmo
ano, a 13 de março, na Sociedade Espírita de Paris, tendo como médium a sra.
Costel, Hahnemann dissertou a respeito do estado da ciência à época, em
resposta a um médico homeopata estrangeiro, presente à sessão. Dita dissertação
se encontra no volume sexto da Revista Espírita.
Fonte: OS GRANDES GIGANTES DA DOUTRINA ESPÍRITA. –
INTERNET.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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