DA
MEDIUNIDADE ENTRE OS ANIMAIS.
236. f) A questão
da mediunidade dos animais se acha completamente resolvida na dissertação
seguinte, dada por um Espírito, da qual se podem apreciar a profundidade e a
sagacidade pelas citações que já tivemos ocasião de fazer. Para bem compreender
o valor da sua demonstração, é essencial reportar-se à explicação que deu o
papel do médium nas comunicações, e que reproduzimos na questão n º. 235.
Esta
comunicação foi dada em seguida a uma discussão que teve lugar, a esse
respeito, na sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
“Costuma-se dizer: os
Espíritos medianimizam e fazem mover a matéria inerte, as cadeiras, as cadeiras,
as mesas, os pianos; fazem mover, sim, mas medinimizam, não! Porque, ainda uma
vez, sem médium, nenhum desses fenômenos produzir-se. O que há de
extraordinário em que, com a Judá de um ou vários médiuns façamos mover a
matéria inerte, passiva, que justamente em razão de sua passividade, da sua
inércia, é apropriada para sofrer os movimentos e os impulsos que desejamos lhe
imprimir? Para isso, temos necessidade de médiuns, é positivo; mas não é
necessário que o médium esteja presente ou consciente, porque podemos agir com
elementos que nos fornece, de tangibilidade e de transportes. Nosso envoltório
fluídico, mais imponderável e mais sutil do que mais sutis e os mais
imponderáveis dos vossos gases, se unem, se casam, se combinam com o envoltório
fluídico mais animalizado do médium, e do qual a propriedade de expansão de
penetrabilidade é inacessível para os vossos sentidos grosseiros, e quase inexplicável
para vós, nos permite mover os móveis e mesmo quebrá-los em quartos
desabitados.
ERASTO.
(Discípulo de Paulo.)
Fonte: “O Livro dos Médiuns”
- Allan Kardec - 18a. Edição - Editora IDE - Araras, SP - Abril
1991.
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