EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO.
CAPÍTULO VII.
Bem-aventurados
os pobres de espírito
Mistérios ocultos aos doutos e aos prudentes
9. O
mesmo se dá hoje com as grandes verdades que o Espiritismo revelou. Alguns
incrédulos se admiram de que os Espíritos tão poucos esforços façam para os
convencer. A razão está em que estes últimos cuidam preferentemente dos que
procuram, de boa-fé e com humildade, a luz, do que daqueles que se supõem na
posse de toda a luz e imaginam, talvez, que Deus deveria dar-se por muito feliz
em atraí-los a si, provando- lhes a sua existência.
O poder de Deus se manifesta nas mais pequeninas coisas, como nas maiores.
Ele não põe a luz debaixo do alqueire, por isso que a derrama em ondas por toda
parte, de tal sorte que só cegos não a veem. A esses não quer Deus abrir à
força os olhos, dado que lhes apraz tê-los fechados. A vez deles chegará,
mas é preciso que, antes, sintam as angústias das trevas e reconheçam que é
a Divindade e não o acaso quem lhes fere o orgulho. Para vencer a
incredulidade, Deus emprega os meios mais convenientes, conforme os indivíduos.
Não é à incredulidade que compete prescrever-lhe o que deva fazer, nem lhe cabe
dizer: “Se me queres convencer, tens de proceder dessa ou daquela maneira, em
tal ocasião e não em tal outra, porque essa ocasião é a que mais me convém.”
Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus, nem os
Espíritos, que são os executores da sua vontade, se lhes submetam às exigências.
Inquiram de si mesmos o que diriam, se o último de seus servidores se lembrasse
de lhes prescrever fosse o que fosse. Deus impõe condições e não aceita as que
lhe queiram impor. Escuta, bondoso, os que a Ele se dirigem humildemente, e não
os que se julgam mais do que Ele.
Fonte: O
Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec – Tradução Guillon Ribeiro – 131
a. Edição - Editora FEB – Rio de Janeiro, RJ – janeiro 2013.
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