sábado, 8 de junho de 2019

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO.- AULA N º. 17. MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 276. - O MÉDIUM E O ESPIRITISMO. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNES MAIA.)


  O MÉDIUM E O ESPIRITISMO.

A mediunidade está ligada, de certa maneira, à doutrina dos Espíritos, por ser o instrumento pelo qual se sustenta essa filosofia religiosa, de conseqüências científicas. Quando se fala em Espiritismo, lembra-se imediatamente da mediunidade. São duas forças inseparáveis. A doutrina dos Espíritos surgiu pelos fenômenos dos dons espirituais, analisados e testados, e colocados à luz pelos mais cultos Espíritos da época, fazendo com que se cumprisse a profecia de Jesus, citada em João, capítulo catorze, versículo dezesseis:
E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. De fato, enviou o Consolador, sob a forma de uma doutrina, por um dos seus discípulos mais lúcidos no entendimento das leis espirituais. E esse Consolador não veio somente na forma de consolar, mas trouxe a misericórdia de instruir também, mostrando à humanidade o mesmo cristianismo primitivo, com o mesmo perfume espiritual do Cristo de Deus.
A doutrina dos Espíritos veio igualmente valorizar a mediunidade, colocá-la no mais alto esplendor da função de um ministério: o de fazer materializar-se junto aos homens as mais belas páginas de moral filosófica e mesmo científica, que antes estavam ocultas pela ignorância dos próprios homens. Podemos considerar que, com o advento do Espiritismo no mundo, registraram-se chuvas e mais chuvas de livros mediunicos, que ora percorrem muitas nações levando a palavra de vida, senão a palavra de Deus, a todas as criaturas, como o Evangelho manifestado na mais intensa luz de amor e de caridade.
O médium desligado da Doutrina Espírita está sujeito ao desvio da sua missão, por não encontrar as bases da sua formação mediunica e ser influenciado pelas sutilezas das trevas, como já aconteceu com vários deles. Mesmo sendo animados por bons sentimentos, faltava-lhes o conhecimento das obras que se estenderam, por favor do Cristo, como escola dos primeiros saberes, onde poderiam formar o caráter dos intermediários dos Espíritos. O Espiritismo é, pois, a árvore e os médiuns são os seus galhos. Por lei, não devem estar separados, para que os frutos se consolidem na eternidade do amor. E desses galhos poderão nascer outros, sob o empuxo do progresso. As lições da doutrina são contínuas; não pode haver interrupção nelas, por serem de caráter evolutivo, trazendo luz para os homens, de acordo com o progresso dos mesmos.
Se és médium, deves escutar e atender os convites dessa doutrina, que reuniu várias experiências em livros e aprendeu através do tempo a consolidar múltiplos conselhos em favor dos seus profitentes. E os Espíritos encarregados desse Consolador prometido pelo Cristo cumprem a vontade do Senhor, mandando lições imortais por intermédio dos dons mediúnicos, para consolação e instrução da humanidade.
O pastor nunca abandona suas ovelhas. Jesus está à frente do Evangelho redivivo, que deverá ser restaurado em toda a parte para todas as criaturas, manifestando o reino de Deus, a terra da promissão, vista e visualizada por Moisés.
A Doutrina Espírita, tornamos a dizer, é um gigante de luz, como um sol magnético que deverá absorver todos os sistemas filosóficos e religiosos, selecionar suas diretrizes, limpar suas metas e, fundindo todos, transformará tudo em um mar de sabedoria, um só campo onde todas as ovelhas poderão pastar juntas o alimento do amor, e todos os pastores entregarão seus bastões a Cristo, como o único Pastor de todo o rebanho.
Eis o fim das provações humanas e o princípio da felicidade na Terra. O Espiritismo é uma doutrina diferente, porque não impõe seus conhecimentos. Ele espera a maturidade dos companheiros, nada teme, por saber que a verdade não é temerosa e quem está no leme dos destinos da humanidade é Nosso Senhor Jesus Cristo, que nunca falhou, nem sairá dos caminhos de Deus. Toda agremiação espírita deve ser uma escola onde não faltem livros e aulas, esclarecimentos e trabalhos, o cultivo da prece e a cura dos enfermos. Cristo nos pede que nos demos as mãos, fracos e fortes, doentes e sadios, pobres e ricos, intelectuais e ignorantes, santos e párias, na manifestação do amor, para que a fraternidade se estenda por toda a parte, provando, assim, que aprendemos o que Ele nos ensinou.
E bom que o médium escute: se tens o dom da palavra, ajuda aos que sofrem, falando com eles da bondade de Deus e da misericórdia de Jesus, da intervenção dos Espíritos e da manifestação dos mesmos em todas as atividades humanas. Se tens o dom da alegria pura, faze com que ela seja uma fonte onde todos os desesperados bebam, sem que a exigência atrapalhe suas faculdades. Se te compadeces dos que sofrem a fome e a nudez, trabalha por eles, com o dom da caridade, porque ela sempre se manifesta através do amor. Se a tua mediunidade é escrevente, escreve em nome de Deus, consolando e instruindo as criaturas e, nesse seguimento, não deves parar. Avança com todas as faculdades que possuíres para a paz e a saúde de todos os seres, que é assim que podemos registrar a volta do Senhor nas nuvens dos corações, a nos dizer:
Estou feliz por amar eles a todos como eu vos amei.
E o instrumento dessa renovação espiritual pode será mediunidade, mas ligada ao Espiritismo, dirigido por Cristo.

            Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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