1903 – 1974
Nasceu em 02 de junho de 1903, no bairro
da Casa Amarela em Recife, e desencarnou no dia 23 de maio de 1974, em Recife,
Pernambuco.
Era filha de Xavier Alexandre Philippini,
de nacionalidade francesa e Dona Maria Germana Gomes Philippini, brasileira.
Era viúva do grande líder espírita pernambucano Fernando Gomes Ferreira, de
cujo matrimônio teve apenas uma filha, criando no entanto seis enteados do
primeiro casamento de seu esposo; todos os seus descendentes são simpatizantes
da Doutrina Espírita.
De família tradicionalmente católica,
Blandina Philippini tomou contato com a Doutrina em 1921, pela leitura de “O
Livro dos Espíritos”. Consciente das verdades contidas na magistral obra,
resolveu aprofundar-se no conhecimento doutrinário, lendo os demais livros da
Codificação e de vários autores e, ao mesmo tempo, iniciou-se na prática,
freqüentando o Grupo Espírita Bittencourt Sampaio, revelando tanto interesse
pela causa, que logo foi chamada a fazer parte da sua diretoria sendo eleita
Vice-Presidente e no ano seguinte Presidente do Grupo.
Iniciou-se no serviço de palestras,
impondo-se por seu verbo encantador, dominando auditórios, com sua voz vibrante
e ao mesmo tempo comovedora; falava das belezas do Evangelho de Jesus ou de
temas doutrinários com a mesma candura. A Federação Espírita Pernambucana foi
buscá-la para o seu quadro de oradores, confiando-lhe o setor evangélico,
tarefa que exerceu por mais de 40 anos consecutivos.
Fundou inúmeras instituições, entre as
quais a Sociedade Espírita “Mensageiros do Bem”, da qual foi Presidente até a
data da sua desencarnação. Foi uma das fundadoras a “Casa dos Espíritas de
Pernambuco”, sendo a sua primeira Secretária no Conselho Deliberativo. Fundou
também a “União Espírita da Torre”. Teve grande atuação na “Comissão Estadual
de Espiritismo”, onde ocupou vários cargos, sendo a primeira Presidente da Ala
Feminina, eleita em 1º de setembro de 1950 e, quando da sua desencarnação,
ocupava a 1ª Vice-Presidência.
Foi uma das grandes animadoras do
movimento espírita pernambucano, participando de acontecimentos de relevo entre
os quais a “Semana da Mulher Espírita Pernambucana”, com encerramento no Teatro
Santa Isabel e presença de autoridades civis e militares, confrades de todo o
Estado e Estados vizinhos, tomando parte ativa nessas semanas, seareiras como
Elisabeth Dantas (Niná), Nércia Tavares, Judith Siqueira Braz e tantos outros
valores femininos de Recife, onde a mulher caminha no Espiritismo passo a passo
com os homens. Integrou a equipe de colaboradores de vários cursos intensivos
de Espiritismo, promovidos pela “”Comissão Estadual de Espiritismo”, que tem a
adesão de mais de uma centena de Instituições Espíritas em todo o Estado de
Pernambuco.
Em entrevista para o Museu Espírita do
Estado do Rio de Janeiro, declarou que entre todos os acontecimentos espíritas
do Estado, sua melhor recordação era a comemoração do Primeiro Centenário do
Espiritismo, realizado no parque Treze de Maio, em 18 de abril de 1957,
promovido pela “Comissão Estadual de Espiritismo”.
Colaborou muito na imprensa espírita
pernambucana e de todo o Nordeste, dentre eles “Raios de Luz”, “A Verdade”,
“Paraíba Espírita”, e outros.
Gostava imensamente de poesias e de
declamar em reuniões festivas. Sua inspiração surgia quase sempre no silêncio
das madrugadas, deixando em sua bagagem belos poemas e sonetos. Em sua
juventude trabalhou em
Teatro Estudantil , adorava música clássica, apesar de Ter
apenas noções teóricas de música.
Tornou-se oradora muito solicitada para
Congressos, Semanas Espíritas, Simpósios e reuniões festivas. Foi grande
animadora da Mocidade Espírita e da Escola Espírita de Evangelização para
Crianças. Declarou que a Mocidade Espírita, que tantos frutos tem produzido por
esse Brasil imenso deve ser incentivada ao máximo, porque é a esperança de um
mundo mais dos moços. Centenas de Instituições Espíritas estão hoje sob a
direção dos moços de ontem. A Mocidade Espírita criada pela visão
extraordinária do professor Leopoldo Machado, que teve a sua fase áurea em
1948, quando da realização no Rio de Janeiro, do Congresso de Mocidades
Espíritas do Brasil, no qual estava representado todo o País, abriu as portas
da Doutrina aos jovens, integrando-os nos trabalhos do Centro Espírita,
proporcionando-lhes o gosto pelo estudo doutrinário e o incentivo pela tribuna
espírita, ombro a ombro, lado a lado, com os mais experimentados, sobretudo no
campo assistencial.
Médium inspirada, se transfigurava na
tribuna, ao distribuir as blandícias do Evangelho de Jesus. No contato com os
menos felizes, exerceu moderadamente a beneficência num terreno muito difícil
que é o da pobreza envergonhada, levando a fé, a coragem e o desejo de viver, a
muitos que se julgavam abandonados pela sorte, e que encontravam nela o apoio seguro.
Blandina Philippini, pela sua cultura
doutrinária, e pelo seu grande amor à Doutrina sobretudo pela sua humildade,
deu causa a muitas conversões ao Espiritismo. No transcurso de sua existência
terrena, de quase três quartos de século distribuiu luz e amor aos seus semelhantes.
Fonte: GRANDES GIGANTES
DA DOUTRINA ESPÍRITA. – INTERNET.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.Com)
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