sábado, 18 de maio de 2019

- ROTEINO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 270. - DESCUIDO MEDIÚNICO. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNES MAIA.)


       DESCUIDO MEDIÚNICO.

A negligência para com a mediunidade traz ao médium dias amargos, senão na Terra, no mundo espiritual, por faltar-lhe o cumprimento dos deveres ante Deus e frente à própria consciência.
Ninguém engana as leis estabelecidas pelo Senhor em toda a estrutura universal. Cumpre-nos entendê-las, aceitá-las e praticá-las, para que não venhamos a nos arrepender pelo grilhão da dor. O descuido mediúnico nasce, por vezes, de simples distração, daí passa ao hábito e, em pouco tempo, transforma-se em vício, do qual passamos a depender para viver.
Quando estás dirigindo um veículo, a atenção tem que ser constante; qualquer fração de invigilância poderá fazer o carro cair no abismo, com perda de grandes oportunidades. Assim é o Espírito dirigindo o corpo. Não pode haver desatenção no que estás empenhado a fazer, principalmente nos trabalhos espirituais, porque o desacerto é sorrateiro, aproxima-se de modo a não ser percebido e cresce de jeito que a mente não controla. Eis então a queda, de difícil reparo.
Não basta que o médium seja um bom instrumento dos Espíritos. A essa faculdade, ele deve aliar a educação. É preciso que o médium seja humilde. Para enriquecer a humildade, é indispensável a sinceridade. Não deves ser somente médium de efeitos físicos; é imprescindível que materializes o amor, junto aos que te seguem e te cercam.
O medianeiro expositor deve exemplificar o que de bom transmite aos outros. O médium da bondade deve irradiar a disciplina. O psicógrafo não pode se esquecer da vivência que anota para os seus semelhantes.
Faculdades mediúnicas, todos as temos, desenvolvidas e desabrochando, em estado de inércia e esperando o toque do Senhor. Não obstante, isto não basta. Para completar, devemos fazer a nossa parte no que se refere à harmonia dos nossos talentos, à disciplina das nossas forças e à educação dos nossos sentimentos. Quem não conhece, se descuida. Qual é o caminho para conhecer? É pedir a quem sabe para nos ensinar, é observar o exemplo dos benfeitores da humanidade. E um dos guias que pode nos levar à escola é a prece, quando ela nasce da sinceridade do coração. "Pedi e obtereis", ensinou-nos o maior de todos os mestres.
O desatento certamente não pediu da maneira correta e, por vezes, não acreditou na oração. Deixou-se envolver com os enganos do mundo, com as facilidades que existem em cada centímetro da vida, com as estradas largas.
A obra basilar da Doutrina Espírita surgiu para a educação e instrução dos seus componentes e, principalmente, para os médiuns. Os poderes de que são dotados devem ser bem dirigidos para que a luz se faça por onde eles passarem. Se ofendidos, não ofendam, perdoem. Se maltratados, não maltratem, abençoem. Se caluniados, não sejam envolvidos pela maledicência; que amem o quanto puderem.
O desmazelo mediúnico pode desajustar uma força poderosa no término da tua espinha, interligando todo o teu sistema nervoso, e este a todos os centros de forças; é como um gigante que dorme, que deve ser acordado pelo amor. Ele poderá causar desastres inesperados em todo o teu corpo, e as conseqüências são terríveis.
O corpo físico guarda segredos para o futuro e quando a ciência os descobrir, irá ter mais respeito para com ele. O trato para com essa peça divina haverá de mudar, porque onde a lei é desrespeitada, surge a desarmonia.
Se ficamos encantados com os céus estrelados à noite e com o milagre dos fenômenos elétricos, é porque ignoramos as belezas do corpo somático. Nele existem estrelas e sóis muito mais bonitos que os observados nos céus; fenômenos etéricos de maior beleza que aqueles que a eletrônica moderna pode formar. E ainda mais, tudo isso com o objetivo sagrado de engrandecer a alma e fazê-la conhecer o seu Criador.
Todos os computadores do mundo, juntos, são uma pálida imagem do cérebro físico. Eles todos são filhos deste, que ainda está distante da perfeição. O corpo físico, mesmo sendo humano, obedecendo ainda ao progresso, é a maravilha das maravilhas da Terra, tendo sua gênese nos céus. Cuida dele com segurança; faze dele um instrumento do bem, porque não é somente o Espírito que é filho de Deus. O corpo também surgiu das mãos abençoadas do Senhor, por intermédio de Jesus Cristo.
Não abandones teus dons mediúnicos. Eles são um tesouro divino que, sob o comando de uma inteligência em Cristo, se transformarão em sóis e estrelas do teu coração. E te farão compreender o porquê da vida e qual a função da morte.
           
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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