DESCUIDO MEDIÚNICO.
A negligência
para com a mediunidade traz ao médium dias amargos, senão na Terra, no mundo
espiritual, por faltar-lhe o cumprimento dos deveres ante Deus e frente à
própria consciência.
Ninguém engana
as leis estabelecidas pelo Senhor em toda a estrutura universal. Cumpre-nos
entendê-las, aceitá-las e praticá-las, para que não venhamos a nos arrepender
pelo grilhão da dor. O descuido mediúnico nasce, por vezes, de simples
distração, daí passa ao hábito e, em pouco tempo, transforma-se em vício, do
qual passamos a depender para viver.
Quando estás
dirigindo um veículo, a atenção tem que ser constante; qualquer fração de
invigilância poderá fazer o carro cair no abismo, com perda de grandes
oportunidades. Assim é o Espírito dirigindo o corpo. Não pode haver desatenção
no que estás empenhado a fazer, principalmente nos trabalhos espirituais,
porque o desacerto é sorrateiro, aproxima-se de modo a não ser percebido e
cresce de jeito que a mente não controla. Eis então a queda, de difícil reparo.
Não basta que o
médium seja um bom instrumento dos Espíritos. A essa faculdade, ele deve aliar
a educação. É preciso que o médium seja humilde. Para enriquecer a humildade, é
indispensável a sinceridade. Não deves ser somente médium de efeitos físicos; é
imprescindível que materializes o amor, junto aos que te seguem e te cercam.
O medianeiro
expositor deve exemplificar o que de bom transmite aos outros. O médium da
bondade deve irradiar a disciplina. O psicógrafo não pode se esquecer da
vivência que anota para os seus semelhantes.
Faculdades mediúnicas, todos as temos,
desenvolvidas e desabrochando, em estado de inércia e esperando o toque do
Senhor. Não obstante, isto não basta. Para completar, devemos fazer a nossa
parte no que se refere à harmonia dos nossos talentos, à disciplina das nossas
forças e à educação dos nossos sentimentos. Quem não conhece, se descuida. Qual
é o caminho para conhecer? É pedir a quem sabe para nos ensinar, é observar o exemplo
dos benfeitores da humanidade. E um dos guias que pode nos levar à escola é a
prece, quando ela nasce da sinceridade do coração. "Pedi e obtereis",
ensinou-nos o maior de todos os mestres.
O desatento
certamente não pediu da maneira correta e, por vezes, não acreditou na oração.
Deixou-se envolver com os enganos do mundo, com as facilidades que existem em
cada centímetro da vida, com as estradas largas.
A obra basilar
da Doutrina Espírita surgiu para a educação e instrução dos seus componentes e,
principalmente, para os médiuns. Os poderes de que são dotados devem ser bem
dirigidos para que a luz se faça por onde eles passarem. Se ofendidos, não
ofendam, perdoem. Se maltratados, não maltratem, abençoem. Se caluniados, não
sejam envolvidos pela maledicência; que amem o quanto puderem.
O
desmazelo mediúnico pode desajustar uma força poderosa no término da tua
espinha, interligando todo o teu sistema nervoso, e este a todos os centros de
forças; é como um gigante que dorme, que deve ser acordado pelo amor. Ele
poderá causar desastres inesperados em todo o teu corpo, e as conseqüências são
terríveis.
O corpo físico
guarda segredos para o futuro e quando a ciência os descobrir, irá ter mais
respeito para com ele. O trato para com essa peça divina haverá de mudar,
porque onde a lei é desrespeitada, surge a desarmonia.
Se ficamos
encantados com os céus estrelados à noite e com o milagre dos fenômenos
elétricos, é porque ignoramos as belezas do corpo somático. Nele existem
estrelas e sóis muito mais bonitos que os observados nos céus; fenômenos
etéricos de maior beleza que aqueles que a eletrônica moderna pode formar. E
ainda mais, tudo isso com o objetivo sagrado de engrandecer a alma e fazê-la
conhecer o seu Criador.
Todos os
computadores do mundo, juntos, são uma pálida imagem do cérebro físico. Eles
todos são filhos deste, que ainda está distante da perfeição. O corpo físico,
mesmo sendo humano, obedecendo ainda ao progresso, é a maravilha das maravilhas
da Terra, tendo sua gênese nos céus. Cuida dele com segurança; faze dele um
instrumento do bem, porque não é somente o Espírito que é filho de Deus. O
corpo também surgiu das mãos abençoadas do Senhor, por intermédio de Jesus
Cristo.
Não abandones
teus dons mediúnicos. Eles são um tesouro divino que, sob o comando de uma
inteligência em Cristo, se transformarão em sóis e estrelas do teu coração. E
te farão compreender o porquê da vida e qual a função da morte.
Livro:
“SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª
edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..
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