ABSTINÊNCIA SEXUAL
E APERFEIÇOAMENTO.
CELIBATO VOLUNTÁRIO SEM
APROVEITAMENTO ESPIRITUAL.
Entre os Espíritos que se encontram em vida
celibatária servindo às diversas ordens religiosas do mundo, somente uma
minoria é que já educou e sublimou realmente os seus impulsos sexuais, pois a
maioria tem, nesta experiência difícil de silêncio afetivo, uma grande
oportunidade a fim de educar suas emoções e desejos para a vida espiritual superior.
Os hábitos exteriores da convivência regulada,
da disciplina planejada, do regime afetivo e da vida de ascetismo não determinam,
por si só, as conquistas dos valores espirituais. Pode-se viver em pleno egoísmo
e muito distante das virtudes cristãs. É o que vemos na pergunta de “O Livro
dos Espíritos”, na Questão 698:
“O celibato voluntário
representa um estado de perfeição meritório aos olhos de Deus?
“Não, e os que
assim vivem por egoísmo, desagradam a Deus e enganam o mundo.”
Vida monástica, por si só, não é sinônimo de
evolução espiritual. Podemos passar uma vida toda com disciplinas rígidas e não
aproveitá-las para o aprimoramento dos sentimentos.
Num regime de abstenção sexual, sem desenvolver
os valores do coração, através do serviço de amor desinteressado aos
semelhantes, a alma continuará estacionária e sem sublimação das energias
sexuais. O Espírito Emmanuel aprofunda esta análise sobre celibato e
aperfeiçoamento espiritual:
“A criatura que
abraça encargos dessa ordem está procurando ou aceitando para si mesma
aguilhões regeneradores ou educativos, de vez que ordenações e providências de caráter
externo não transfiguram milagrosamente o mundo íntimo. As realizações da fé, por
isso mesmo, se concretizam à base de porfiadas lutas da alma, de si para
consigo.”
WALTER
BARCELOS.
Fonte: Livro “SEXO E EVOLUÇÃO” - Walter Barcelos - 4a.
Edição - Editora FEB. - Rio de Janeiro, RJ. Setembro 1995.
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