EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
CAPÍTULO VII.
Bem-aventurados os pobres de espírito
Mistérios ocultos aos doutos e aos prudentes
10.
Perguntar-se-á: não poderia Deus tocá-los pessoalmente, por meio de
manifestações retumbantes, diante das quais se inclinassem os mais obstinados
incrédulos? É fora de toda dúvida que o poderia; mas, então, que mérito teriam
eles e, ademais, de que serviria? Não se vêem todos os dias criaturas que não
cedem nem à evidência, chegando até a Capítulo VII dizer:
“Ainda que eu visse, não acreditaria, porque sei que é impossível?” Esses,
se negam assim a reconhecer a verdade, é que ainda não trazem maduro o espírito
para compreendê-la, nem o coração para senti-la. O orgulho é a catarata que
lhes tolda a visão. De que vale apresentar a luz a um cego? Necessário é
que, antes, se lhe destrua a causa do mal. Daí vem que, médico hábil, Deus
primeiramente corrige o orgulho. Ele não deixa ao abandono aqueles de seus
filhos que se acham perdidos, porquanto sabe que cedo ou tarde os olhos se lhes
abrirão. Quer, porém, que isso se dê de moto-próprio, quando, vencidos pelos
tormentos da incredulidade, eles venham de si mesmos lançar-se-lhe nos braços e
pedir-lhe perdão, quais filhos pródigos.
Fonte: O
Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec – Tradução Guillon Ribeiro – 131
a. Edição - Editora FEB – Rio de Janeiro, RJ – janeiro 2013.
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