sexta-feira, 8 de agosto de 2014

- MENSAGEM ESPECIAL. - VINGADORES INVISÍVEIS. - RICHARD SIMONETTI.

                     VINGADORES INVISÍVEIS.

                                                                                Richard Simonetti

            As obsessões mais graves envolvem Espíritos vingadores, conscientes de suas condição de desencarnados, que sabem perfeitamente o que fazem e se comprazem nisso.
            Viajores da Eternidade, transitamos há milênios pela Terra, em múltiplas reencarnações. Nessas experiências passadas, por enquanto inacessíveis para nõs, convivemos com muita gente; envolvemo-nos com afetos e desafeto; estendemos laços de amor, mas também terríveis cadeias de ódio.
            Inspirados por sentimentos próprios de inferioridade humana, como o egoísmo, o orgulho, a vaidade, muitos males teremos semeado.
            Quem fomos? O que fizemos?
            O homem poderoso, que se impunha pela força e mandava eliminar impiedosamente os que se opunham a sua vontade?
            O Senhor dos escravos, que os submetia a sevícias e humilhações?
            O Capitão de indústria, que explorava cruelmente os operários, no propósito de multiplicar bens materiais?
            A mulher sedutora, que destruía lares?
            O homem astuto, que lesava incautos?
            O assaltante, o assassino, o traficante de drogas?
            O fofoqueiro contumaz na arte de comprometer reputações?
            Provavelmente não seríamos capazes de repetir semelhantes proezas no presente, mas certamente o fizemos no passado, ou não estaríamos na Terra, purgando nossas mazelas. Espíritos puros vivem em Mundos Superiores.
            O contato com aqueles aos quais prejudicamos faz parte de nossa depuração. Muitos deles nos perdoaram e seguiram seus caminhos. Mas há os que não esqueceram, que nos têm procurado na presente existência e que, quando nos encontram, arvoram-se em executores da Justiça Divina, pretendendo submeter-nos a sofrimentos mil vezes maiores do que aqueles que lhe impusemos.
            E partem para a agressão pura e simples, envolvendo em nuvens de fluidos deletérios. É uma pressão perturbadora e desajustante, à qual será difícil resistir, por uma razão muito simples: a prática do mal abre as portas do nosso psiquismo à influência daqueles que tenhamos prejudicado.
            O afastamento desses Espíritos não é fácil. Dominados pelo ódio, mostram-se irredutíveis a qualquer tentativa de esclarecimento.
            Um Espírito de mulher, que persegue ferozmente respeitável chefe de família, atormentando-o, manifesta-se em reunião mediúnica extravasando seu ódio.
            Explica que ele a seduziu em existência anterior, levando-a a abandonar o marido e três filhos. Depois a prostitui. Em seguida a abandonou à própria sorte, a enfrentar penosas humilhações que culminaram com sua morte na indigência.
            Apreciando o caso pela ótica da entidade comunicante, constatamos como é delicado o assunto. Impossível lamentar a vítima de hoje e condenar o verdugo, porquanto no passado as posições estavam invertidas. E ambos são filhos de ]deus, necessitados de ajuda.
            O dirigente exorta:
            - Minha irmã, é preciso perdoar...
            - Não me fale de perdão! Ele arruinou minha vida! Destruiu todos os meus sonhos! Há de pagar!...
            - Lembre-se de Jesus...
            - Qual nada! Esse criminoso não pensou no Cristo quando me seduziu, afastando-me de minha família!
            Envolvimentos dessa natureza constituem terrível desafio para qualquer doutrinador, cujo sucesso depende não de meros argumentos, mas, sobretudo, de uma grande capacidade de doar amor, vendo no obsessor não um espírito das trevas, mas o irmão em desajuste.
            Geralmente familiares desencarnados, que amam muito, esperam pacientemente por uma brecha que o doutrinador consiga abrir no denso muro de rancor para que possam aproximar-se modificando suas disposições.
            Parece irracional. É como se o obsessor estivesse agredindo a si mesmo, afundando em sombrios precipícios.
            Mas irracional também foi o comportamento de sua vítima, alienada, no passado, de verdade elementar.
            O que plantarmos teremos que colher.
            Todo mal que semearmos retornará na forma de males que nos infelicitarão, ainda que desejamos perdoados por nossas vítimas.

                                                           ***

            Há perseguições espirituais mais brandas, mas, parodoxalmente, mais graves, porque desenvolvidas com sutileza por vingadores hábeis e inteligentes.
            Como perfeitos estrategistas que planejam uma batalha, acompanham a vítima por algum tempo, observando suas tendências, sua maneira de ser, suas relações, suas idéias. Identificam assim suas fraquezas e as exploram.
            Se notam, por exemplo, que um homem casado a quem desejam perturbar, empolga-se pelas aventuras do sexo, aproveitam-se da atração que venham a sentir por jovem bela e fútil, levam-no à fixação devastadora. O resto é fácil prever: desentendimentos no lar, desagregação da família, separação, decepções com a nova ligação afetiva, opressão e angústias intermináveis, para deleite dos triunfantes perseguidores espirituais.
            Se, não obstante ter uma boa esposa, filhos adoráveis, rendimentos satisfatórios, o indivíduo sente certa insatisfação, em virtude de algum anseio não realizado, os obsessores não lhe dão sossego, exarcebando-a, principalmente se surgem eventuais problemas familiares ou profissionais, e acabam por precipitá-lo em depressão.
            Os problemas de saúde também são campos férteis para semeaduras obsessivas. Como uma máquina, nosso corpo está sujeito a desgastes naturais, mesmo porque não o usamos de forma adequada. Se o obsidiado lhes presta muita atenção, os perseguidores invisíveis exploram essa tendência, situando na hipocondria – vive a imaginar doenças. E está sempre doente, porquanto, segundo o velho ditado popular, “quem namora a enfermidade casa-se com ela”.
            Nossas mazelas e fraquezas são as portas de acesso à influência espiritual inferior. Por isso, a melhor maneira de resistirmos ao assédio de Espíritos passionais, viciosos, odientos, é oempenho sistemático por superá-las.
            Se a luz se faz, assombras desaparecem.
                                                                      
            Fonte: Livro “UMA RAZÃO PARA VIVER” – 1 º. Edição, - Gráfica São João,  - BAURU. SP.


                                   RHEDAM.(rhedam@gmail.com)

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