ENSAIO BIOGRÁFICO.
(Nota: Devido a extensão do conteúdo
dividiremos em nove partes.)
PREÂMBULO (Segunda
Parte)
A
loucura sobre um novo prisma, por exemplo, é um estudo psíquico-fisiológico,
feito por Bezerra de Menezes, e que atesta a sua clarividência, a acuidade de
sua inteligência, tendo-se em vista, que naquele tempo, os senhores médicos
encaravam, a doença tão somente pelo lado somático, isto é, que toda
perturbação do estado fisiológico do ser humano procedia invariavelmente de uma
lesão orgânica, tanto assim que “os homens da ciência têm, disse Bezerra, como
verdade incontroversa, que a alienação mental, conhecida pelo nome de –
loucura-, é efeito de um estado patológico do cérebro, órgão do pensamento,
para uns, glândula secretora do pensamento, para outros”.
Bezerra de Menezes,
no entanto, já alertava, com fatos de rigorosa observação:
1º) que o
pensamento é pura função da alma ou espírito, e portanto, que suas
perturbações, em tese, não dependem de lesão do cérebro;
2º) que a
loucura, perfeitamente caracterizada, pode-se dar e dá-se, mesmo em larga
escala, sem a mínima lesão cerebral;
3º) que a
loucura pode ser também resultante da ação fluídica de Espíritos inimigos sobra
alma ou Espírito encarnado num corpo.
Empreendendo,
pois, tão grandioso trabalho, não se iludia ele com a repercussão pouco
favorável que essa sua tese alcançaria no meio de seu colegas médicos; eis
porque declarou “ninguém conhece meu obscuro nome – e as obras de tanta monta
requerem nomes aureolados”.
Bezerra
através desse trabalho, propunha-se a resolver o problema da loucura sem lesão
cerebral.
Muitos
facultativos hoje em dia, começam a sentir que a ciência médica não pode ficar
circunscrita a parte somática, pois que, assim como existem enfermidades
orgânicas, existem, igualmente, enfermidades que se relacionam com o corpo
espiritual, isto é a alma.
Daí o já se
falar atualmente, com certa desenvoltura, sem constrangimento, de medicina psicossomática,
a qual vai atraindo a atenção de muitos facultativos conscienciosos, que não
podem, de maneira alguma, negar a veracidade dos casos que zombam a ciência
materialista, e que, no entanto, com a simples terapêutica espiritual, cedem
prontamente, retornando o paciente ao goso da perfeita sanidade.
A música já
vem sendo estudada como meio muito eficiente, não só para curar determinadas
enfermidades, senão também para fins de anestesia e como calmante.
Ora,
convenhamos, a matéria, em si, é completamente indiferente à atuação das ondas
sonoras, devendo concluir-se, evidentemente, que é o Espírito que as recebe,
que as assimila, delas usufruindo seus benefícios.
Fonte: -
Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”
- SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ.
– Agosto de 1978.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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