quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

- DIVULGAÇÃO DO LIVRO ESPÍRITA. - MILAGRES DAS LETRAS. - ALBERTO NOGUEIRA DA GAMA.

                                   MILAGRES DAS LETRAS.

                                                                          Alberto Nogueira da Gama

              Através dos tempos, vêm o Homem deixando indelevelmente assinaladas, sob a forma de caracteres e figurações, as marcas do seu pensamento.
               Esboços rudimentares e primitivistas da palavra escrita tiveram no papiro e no pergaminho veículos duradouros de registro.
              Ficou para sempre famosa a beneditina contribuição dos copistas nos pródomos intelectuais do mundo, até que surgisse Gutenberg com a idéia genial da Imprensa, para substituí-los de uma vez por todas.
              A antiguidade clássica projetou-se no tempo, perpetuando nomes e valores, graças ao esforço arrojado e exaustivo de abnegados escritores que elaboraram os primeiros manuscritos da intelectualidade humana. Buscam a força de sua vitalidade
              As civilizações mais notáveis de idos remotíssimos buscam a força de sua vitalidade e sobrevivência no manancial das letras e no incoercível poder dos elementos culturais.
             Alexandria, Cartago, Pérsia, Babilônia, Roma e Atenas notabilizam-se pelos homens de pensamento.
               Egípcios e fenícios, gregos e romanos apresentam-se como primeiros grandes celeiros de gênios e sábios, que ensaiam a preparação de provisões literárias para o consumo de estudiosos de todos os tempos.
              Assim, o Livro sempre esteve na ordem das cogitações dos nossos antepassados; constitui-lhes insopitável anseio de perpetuidade na marcha do Tempo, de indisfarçável desejo do contato mental com os pósteros.
               E chegou aos nossos dias como algo que resistiu a tudo, que superou todas as dificuldades, que se impôs gloriosamente na ordem natural das coisas, vencendo e convencendo, mandando e comandando.
               Ninguém mais tem o direito de duvidar da sua realidade. Ele tomou conta do mundo e assumiu a defesa da espécie humana. Fez-se fonte e celeiro de almas sedentas e famintas.
               Guia a criança.
               Orienta o jovem.
               Sustenta o ancião.
               Instrui e esclarece a humanidade.
              Está no lar, na escola, no templo, na caserna, nos cabrites, nos escritórios, nas oficinas, nas repartições públicas, nas lojas e vivendas, nas livrarias e bibliotecas, nas carteiras dos colegiais e nas escrivaninhas de renomados humanistas, e altamente representativos da cultura.
               Luz polarizada - irradia quando compulsado.
              Poder energético concentrado - desprende-se e impregna ao contato de fontes cismadoras e indagativas.
               Fluido quintessenciado - vitaliza mentes e tonifica inteligências.
               Matéria-prima de natureza variada - manifesta-se a multiplicas aplicações em todos os gêneros de manifestações práticas e positivas, culturais e científicas, do esforço humano.
               Pão do Espírito - oferece alimento adequado às necessidades dos consumidores, apresentando-se em qualidade e quantidade variáveis.
               Diferindo em tamanho e volume, em tipos e formatos, em espessuras, expressões e impressões, o Livro foi o único instrumento que pôde e pode registrar a Palavra do Senhor e refletir as claridades dos Céus, através de mensagens psicográficas e psicofônicas.
               Por ele, vemos idéias, lemos pensamentos, identificamos concepções e vamos ao íntimo de quem já viveu e dos que ainda vivem; conhecemos a vida dos outros, enriquecendo a nossa.
               Garante a presença dos ausentes.
               Possibilita o convívio com vultos de pátrias distantes e distintas.
               Mostra-nos retratos fiéis de autores nas próprias imagens e mentalizações por eles exteriorizadas em suas páginas.
               É justo, portanto, que, hiodernamente, o Livro tenha a seu serviço legiões e legiões de homens disseminados pelos quadrantes do globo terráqueo.
              E será sempre motivo de intenso júbilo o sabermos que a este portentoso exército se arregimentaram novos falangiários, formando um contingente a mais na luta de conquista do Homem para Deus.
               Festejemos o império do Livro, seu domínio e predomínio na face do Mundo, suas glórias e vitórias por toda parte, seja onde for e por quem for, sobretudo em nosso meio, porque o Livro Espírita é instrumento de Libertação, é garantia de Esclarecimento e Educação, é certeza de Felicidade presente e futura.

                Fonte: “O REFORMADOR” - No. 1862. - Maio de 1984. - Editora FEB. Rio de Janeiro, RJ.


                                                          RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário