A MULHER NO LAR II.
...cada um permaneça diante de Deus naquilo que foi chamado.
A mulher foi chamada para o çar.
Competindo e rivalizando com os homens, inclusive em alguns excessos, vai ela, contudo, se habituando fora de casa.
Posterga, assim, de maneira imperceptível, o mais sublime e inalienável direito que o matrimônio e a maternidade edificante lhe concedem.
Abre mão, perigosamente, do mais belo atributo com que Deus a investiu, quak seja o de educar, ela própria, os filhos, com a transferência - ó infeliz e desnaturada transferência - dessa divina atribuição às babás e auxiliares, muitas delas desprovidas de qualquer sentimento afetivo para com os entezinhos que a invigilância matermal lhes põe nos braços.
Sim - nos braços, apenas.
Abre mão, a mulher, maravilhda ante o brilho das reuniões sociais, da suprema ventura de acompanhar, muitas vezes com lágrimas e sacrifício, o desenvolvimento mental e moral dos filhos, de partilhar-lhes as tristezas e alegrias, de sentir-lês e anotar - para corrigir - os pequenos e grandes defeitos que pedem retificação, enquanto é tempo, defeitos e anfractuosidades cujo preço, no futuro, podem ser a desgraça e o sofrimento, a miséria e o crime.
A mulher parece não ouvir a advertência do grande Paulo: permanecer naquilo para que foi chamada; permanecer como a rainha do lar, sacerdotisa da família.
Fixar o elemento femenino no lar, evitando que este se esvazie por completo, fazendo compreender que é ele a primeira sociedade que a criança conhece e da qual participa - eis a missão do Espiritismo, na atualidade e sempre.
Missão grandiosa, inadiável, séri, divina.
Existem mães, em grande número - e isso não constitui novidade para ninguém -, que nada sabem dos filhos, dos seus problemas, das suas necessidades, das suas deficiências.
A vida social intensa, expressando-se, quase sempre, através de consecutivas atividades noturnas, nos clubes ou em residências amigas, onde o aperitivo e o jogo disputam o título de mais eficiente “destruidor da paz doméstica”, obriga os pais a irem para lado e os filhos para outro.
Assegura Emmanuel, nosso querido e respeitável instrutor, que o feminismo legítimo “deve ser o da reeducação da mulher para o lar, nunca para uma ação contraproducente fora dele”.
É isso o que o Espiritismo, por seus divulgadores, pretende e deseja fazer.
Não desejams violentar o livre-arbítrio de quem quer que seja, homem ou mulher, mas veicular o esclarecimento fraterno, construtivo.
Indicar os males decorrentes do sesamor no lar - sagrada instituição que teve por fundamento, na Terra, três personagens singulares.
A nobresa de um carpinteiro que se chamava José.
A santidade de uma virgem que se chamava Maria.
A sabedoria e a bondade de uma criança que se chamava JESUS.
Seria infantilidade de nossa parte negar que mulheres ilustres contribuíram, em todas as épocas da Humanidade, atuando fora do lar, para o progresso da Ciência e da Arte, da Filosofia e da Religião.
Todavia, mesmo assim, apraz-nos a recomendação do apóstolo tarsense.
Conforta-nos a observação de Emmanuel.
Da missão da mulher dentro do lar; do seu sacrifício e da sua renúncia, que a alma infantil recebe as primeiras lições de sensibilidade e carinho, as primeiras manifestações de nobreza e compreensão.
E não esqueçamos que um dia as mães do mundo inteiro ouvirão, na acústica da própria consciência, a voz de Deus, em forma de acusação ou do louvor:
“Mães, que fizestes dos filhos que vos confiei?...”
Martins Peralva.
Fonte: Estudando o Evangelho - Martins Peralva - 4 a. Edição - Editora FEB - Rio de Janeiro, RJ - Novembro de 1982.
RHEDAM.(rhedam@gmail.com)
Boa noite
ResponderExcluirmaravilhoso texto.
Muitas mulheres já estao refletindo sobre sempre querer estar á altura do homem, no território profissional, abriram-se muitas portas, grandes cargos, passados com aquele afinco de lutar para votar como homens, penaram muito por isso, também áquelas mulheres que em épocas ediondas, eram vistas como bruxas, assim sendo, o fato de grandes chacinas a mulher, isso resume, o quanto a mulher se esforça para estar aí, brigando por um lugar na sociedade trabaalhista, Porém, esqueceram que o preço á alto, como o texto se refere a nao ter tempo para o lar, e ela ser o ALICERCE to toda a estrutura da familia. Nao haveria talvéz tanto stress, a mulher conseguiria deixar viver por mais tempo o enamoramento.... permitiria-se ter mais tempo espalhando amor, do que regar o abandono a si mesma, e se questionanado muito mais.
Meu comentário nada tem a ver comigo mesma, sao apenas observaçoes, pois nao pude ser mae, e estou no mercado de trabalho, entao sou mais perceptiva para sentir o drama que muitas mulheres tem... de NAO TER TEMPO.
Obrigada,
Katia