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segunda-feira, 28 de julho de 2014

- MENSAGEM PARA OS MÉDIUNS. - Aptidões Especiais dos Médiuns. - ALLAN KARDEC. (LIVRO DOS MÉDIUNS.)


                - Aptidões Especiais dos Médiuns.

            O item 185 do livro dos Médiuns nos diz: - Além das categorias de Médiuns que acabamos de enumerar, a mediunidade apresenta uma variedade infinita de nuanças que constituem o que se chamam os médiuns especiais, e que têm aptidões particulares ainda não definidas, abstração feita das qualidades e dos conhecimentos do Espírito que se manifesta.
            A natureza das comunicações é sempre relativa a natureza do Espírito, e leva a marca da sua elevação ou da sua inferioridade, do seu saber ou da sua ignorância; mas, em igualdade de merecimento, do ponto de vista hierárquico, há neles, incontestavelmente, uma propensão a se ocupar mais de uma coisa do que de outra; os Espíritos batedores, por exemplo, não saem muito das manifestações inteligentes, há Espíritos poetas, músicos, desenhistas, moralistas, sábios, médicos, etc. Falamos dos Espíritos de ordem mediana, porque, chegados a certo grau, as aptidões se confundem na unidade de perfeição. Mas, ao lado da aptidão do Espírito, há a do médium que é para ele um instrumento mais ou menos cômodo, mais ou menos flexível, e no qual descobre qualidades particulares que não podemos apreciar.
            Tomemos uma comparação. Um músico muito hábil tem sob as mãos vários violinos que, para o vulgo, seriam todos bons instrumentos, mas entre os quais o artista consumado faz uma grande diferença; neles percebe nuanças de uma delicadeza extra, que o farão a escolher a uns e rejeitar a outros, nuanças que compreende mais pela intuição, pois não as pode definir. Ocorre o mesmo com respeito aos médiuns: com qualidades iguais na potência medianímica, o Espírito dará preferência a um ou a outro, segundo o gênero de comunicações que quer dar. Assim, por exemplo, vê-se pessoas escreverem, como médiuns, admiráveis poesias, embora, nas condições ordinárias, não tenham jamais podido ou sabido fazer dois versos; outros, ao contrário, que são poetas, como médiuns jamais puderam escrever senão em prosa, malgrado seu desejo. Ocorre o mesmo com o desenho, com a música, etc. Há ainda outros que, sem terem, por eles mesmos, conhecimentos científicos, têm uma aptidão mais particular para receberem comunicações sábias; outros estão para os estudos históricos, outros servem mais facilmente de intérpretes para os Espíritos moralistas; em uma palavra, qualquer seja a flexibilidade do médium, as comunicações que recebem com mais facilidade têm, geralmente, um cunho especial; há mesmo os que não saem de certo círculo de idéias, e quando saem não têm senão comunicações incompletas, lacônicas e, freqüentemente, falsas. Fora das causas de aptidão, os Espíritos se comunicam ainda mais ou menos voluntariamente por tal ou tal intermediário, segundo suas simpatias; assim, em condições iguais, o mesmo Espírito será sempre mais explícito com certos médiuns, unicamente porque melhor lhe convém.
            No item 186 os Espíritos nos ensinam: - Estar-se-ia, pois em erro se, apenas porque se tem à mão um bom médium, fosse mesmo sua escrita muito fácil, se pensasse obter por eles boas comunicações em todos os gêneros. A primeira condição, sem contradita, é assegurar-se da fonte de onde elas emanam, quer dizer, das qualidades do Espírito que as transmite; mas não é menos necessário ter em vista as qualidades do instrumento que se dá ao Espírito; é preciso, pois, estudar a natureza do médium, como se estuda a natureza do Espírito, porque são os dois elementos essenciais para se obter um resultado satisfatório. Há um terceiro elemento que desempenha um papel igualmente importante, e que é a intenção, o pensamento íntimo, o sentimento mais ou menos louvável daquele que interroga; e isso se concebe: Para que uma comunicação seja boa, é necessário que emane de um Espírito bom; para que esse Espírito bom possa transmiti-la, lhe é necessário um bom instrumento; para que queira transmiti-la, é preciso que o objetivo lhe convenha. O Espírito, que lê o pensamento, julga se a questão que se lhe propõe merece uma resposta séria, se a pessoa que lhe endereça é digna de recebê-la; caso contrário, não perde tempo em semear bons grãos sobre as pedras, e é então que os Espíritos levianos e zombeteiros se dão de inteira liberdade, porque, pouco se inquietando com a verdade, não a encaram de perto, e é geralmente pouquíssimo escrupulosos sobre o fim e sobre os meios.
            Resumimos, aqui, os principais gêneros de mediunidade, a fim de apresentar-lhes, de alguma sorte, o quadro sinótico, compreendendo os que já descrevemos nos capítulos precedentes, indicando os números onde a questão se acha com mais detalhes.
            Agrupamos as diferentes variedades de médiuns pela analogia de causas e efeitos, sem que esta classificação nada tenha de absoluto. Alguns se encontram freqüentemente; outros, ao contrário, são raros e mesmo excepcionais, o que temos o cuidado de mencionar. Estas últimas indicações foram todas fornecidas pelos Espíritos que, de resto, revisaram esse quadro com um cuidado todo particular e o completaram com numerosas observações e novas categorias, de tal sorte que, por assim dizer, é inteiramente obra sua. Indicamos com aspas suas observações textuais, quando acreditamos conveniente ressaltá-las. São, na maioria, Erasto companheiro de Paulo o Apóstolo, e do filósofo Sócrates.

            Fonte: Allan Kardec. - Livro dos Médiuns.


                        RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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